Semana Santa: Preço da tainha varia até 30% no Mercado Público de Florianópolis; veja valores t4tm

Outro pescado muito procurado durante a Semana Santa é a corvina, cuja diferença de valor pode ser de 50%, de acordo com pesquisa do Procon da Capital 1y2e1a

Em Florianópolis, muita gente segue a tradição da Semana Santa à risca, o que tem lotado as peixarias do Mercado Público. Lá estão mais de dez peixarias com os mais variados frutos do mar.

Moradores da Capital se antecipam na busca dos pescados que serão servidos na sexta-feira – Foto: LEO MUNHOZ/NDMoradores da Capital se antecipam na busca dos pescados que serão servidos na sexta-feira – Foto: LEO MUNHOZ/ND

A advogada Sofia Marta Steinmetz, 39 anos, é católica desde criança. “Minha mãe faz a quaresma inteira sem carne. Eu ainda não cheguei nessa fase, mas ano que vem, farei”, conta.

Mineira de Caeté, Sofia conta que os pais se conheceram na igreja, o que fortalece o elo da família com a religião. Desde os anos 1990, ela vive em Santa Catarina com alguns parentes, no Carianos, Sul da Ilha. Ela vai receber uma tia e primos de Minas na Páscoa.

Sofia pretende ficar a quaresma toda sem carne no ano que vem – Foto: LEO MUNHOZ/NDSofia pretende ficar a quaresma toda sem carne no ano que vem – Foto: LEO MUNHOZ/ND

“Na Sexta-feira Santa, desde criança, sempre foi proibido colocar som alto. Meu pai pedia que a gente não fizesse tanto barulho e nunca comemos carne nem nada derivado. Aí tem os que não comem camarão. Então comprei peixe. Amanhã, vamos comprar marisco e lula para ter mais opção”, explica.

“Acredito que vale a pena esse sacrifício. É um dia no ano e acho que, em respeito a Jesus, à nossa fé, à religião mesmo, abdicar nesse dia não custa nada. É uma simbologia que realmente faz parte da minha vida”, afirma.

Sobre o valor dos frutos do mar no Mercado, considera satisfatórios e até se surpreendeu. “Imaginei que estaria mais caro, como o chocolate, mas está ível”, comenta.

A dona de casa Margarete Gonçalves Hildebrando, 66, nativa do Estreito, na porção continental de Florianópolis, também foi ao Mercado, ontem, comprar pescados para a Sexta-feira Santa. Estava com a irmã, a aposentada Marília Gonçalves Pereira, 74, também dona de casa.

“É uma tradição, vem de família, da minha mãe e a gente segue até hoje. Vou fazer e reunir filhos, genro. A gente segue há tantos anos, por que não agora?”, enfatiza Margarete.

Empresário espera incremento de 60% a 80% nas vendas 4d2962

A família de Marcelo Jacques, 53 anos, está há sete décadas no Mercado Público. Ele comanda uma das peixarias do mercadão histórico e diz que, esse período do ano, é o mais aguardado, com excelente incremento nas vendas.

“Eu diria que no mês, vendemos 60% a 80% a mais do que em fevereiro. O povo aqui é muito crente nessa tradição e por morarmos numa ilha, com muitas praias produtivas de pescado, o Mercado fica uma loucura na semana santa”, disse em relação ao movimento. Para garantir as vendas, no entanto, é preciso se preparar.

A família de Marcelo Jacques, 53 anos, está há sete décadas no Mercado Público – Foto: LEO MUNHOZ/NDA família de Marcelo Jacques, 53 anos, está há sete décadas no Mercado Público – Foto: LEO MUNHOZ/ND

“Contratamos mais dois, três diaristas e ficamos de olho nos fornecedores. Mas tem produto. Pode vir que não vai faltar”, garante.

Conforme Jacques, a semana começou muito bem em termos de venda e deve seguir. “Hoje e amanhã, como o brasileiro deixa tudo para última hora, esperamos vender ainda mais”, registra.

Ele também defende a qualidade dos produtos: “O Mercado sempre teve qualidade. Tivemos um problema recentemente, mas foi uma peixaria. Chega peixe toda hora, fresco, e os preços estão compatíveis com os do ano ado.”

Pesquisa de preço no Mercado Público na Semana Santa 4d4yk

O Procon de Florianópolis divulgou na última segunda-feira (25) uma pesquisa de preços de pescados no Mercado Público, justamente por causa da Sexta-feira Santa. Foram comparados os preços de 13 itens em 14 estabelecimentos, incluindo peixes, como a tainha, além de ostras, carne de siri, camarão, lula e marisco. As maiores discrepâncias foram encontradas no bacalhau lombo (186,76%), na lula (57,89%) e no camarão com casca (52,82%).

A tainha pode variar 30% nas peixarias do Mercado. O Procon também identificou itens com pouca variação de preço, entre os comércios analisados, como a dúzia de ostras (5,88%). O diretor do Procon, Alexandre Farias Luz, disse que esta ação ajuda a população a comprar de forma econômica e ágil.

Maiores variações de preços 6i2x6w

  • Bacalhau lombo: variação de 186,76%. Menor preço: R$ 68. Maior: R$ 195
  • Lula: variação de 57,89%. Menor preço: R$ 38. Maior: R$ 60
  • Camarão com casca: variação de 52,82%. Menor preço: R$ 35,99. Maior: R$ 55
  • Corvina: variação de 50%. Menor preço: R$ 18. Maior: R$ 27
  • Camarão sem casca: variação de 33%. Menor preço: R$ 75 Maior: R$ 100
  • Tainha: Variação de 30%. Menor preço: R$ 16,90 Maior: R$ 22
  • Carne de siri: Variação de 28,57%. Menor preço: R$ 70. Maior: R$ 90
  • Salmão: Variação de 26,59%. Menor preço: R$ 78,99. Maior: R$ 99
  • Filé de espada: Variação de 25%. Menor preço: R$ 28. Maior: R$ 35

Menores diferenças 69425q

  • Anchova: Variação de 17,65%. Menor preço: R$ 17. Maior: R$ 20
  • Filé de Abrótea: Variação de 15,63%. Menor preço: R$ 17. Maior: R$ 20
  • Marisco: Variação de 11,76%. Menor preço: R$ 34. Maior: R$ 38
  • Ostra em dúzia: Variação de 5,88%. Menor preço: R$ 17. Maior: R$ 18.

Horário das peixarias no Mercado Público de Florianópolis 5o5j3t

  • Quinta-feira Santa (28): das 7h às 18h
  • Sexta-feira Santa (29): das 7h às 14h
  • Sábado (30): das 7h às 14h
  • Domingo (31): das 7h às 14h
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