
A Azul Linhas Aéreas anunciou que entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, seguindo o exemplo de outras companhias do setor, como a Latam e a GOL. O objetivo é reduzir sua dívida bilionária e ganhar mais fôlego no mercado da aviação.
O processo, conhecido como Chapter 11, é uma espécie de recuperação judicial prevista na legislação americana. Com esse movimento, a Azul espera diminuir significativamente seu nível de endividamento. A expectativa da empresa é reduzir a alavancagem atual de 5,1 vezes para 3 vezes. Até 2026, o índice deve cair para 2,2 vezes, e chegar a 1,7 vez em 2027.
Além disso, a recuperação judicial da Azul prevê uma importante redução nas despesas com juros. A companhia estima que, em 2025, o gasto com juros será de US$ 113 milhões, bem abaixo dos US$ 216 milhões projetados anteriormente. Para 2026, a redução será ainda maior: de US$ 255 milhões para US$ 85 milhões. Em 2027, a previsão caiu de US$ 253 milhões para US$ 105 milhões.
Processo de recuperação judicial da Azul nos EUA 6q6a3d
Como parte do processo de recuperação judicial, a Azul apresentou um novo plano de negócios, focado na otimização da frota e no crescimento moderado da oferta de assentos (ASK). A empresa vai reduzir em 35% o tamanho de sua frota futura, o que deve gerar menos gastos com manutenção e operação.

Com a recuperação judicial da Azul, a expectativa é também diminuir a exposição cambial e o risco financeiro, tornando a empresa mais resiliente diante das oscilações do mercado.
O CEO da companhia, John Rodgerson, destacou que essa é uma medida estratégica para garantir a sustentabilidade da Azul nos próximos anos.
*Com informações de Estadão Conteúdo