O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 12 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre setembro e outubro, Florianópolis registrou alta no preço, se mantendo em terceiro lugar entre as mais caras do país.

Em outubro de 2022, o preço da cesta básica da cidade de Florianópolis apresentou variação positiva de 0,97% em relação a setembro. A cesta da Capital catarinense foi a terceira mais cara, com valor de R$ 762,20. Em comparação com outubro de 2021, a cesta aumentou 9,32%. Na variação acumulada ao longo do ano, a elevação foi de 7,58%.
Em outubro, o trabalhador de São Paulo, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.212,00, precisou trabalhar 135 horas e 50 minutos para adquirir a cesta básica. Em setembro de 2022, o tempo de trabalho necessário foi de 135 horas e 31 minuto.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em outubro de 2022, 67,24% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês.
Com base no valor da cesta mais cara, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em outubro de 2022, registrou-se que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em Florianópolis deveria ter sido de R$ 6.458,86, ou 5,33 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.
Veja a lista de preços por capital 2r5k36

Valor dos alimentos 115a3z
De setembro para outubro, entre os 13 produtos que compõem a cesta básica, seis tiveram aumento nos preços médios, na comparação com o mês anterior: tomate (13,83%), batata (11,48%), banana (8,87%), farinha de trigo (1,59%), manteiga (0,98%) e pão francês (0,52%).
Outros sete produtos apresentaram queda de preço: leite integral (-4,03%), óleo de soja (-3,68%), feijão carioquinha (-2,80%), café em pó (-1,67%), arroz agulhinha (-1,52%), carne bovina de primeira (-1,51%) e açúcar refinado (-0,24%).

No acumulado dos últimos 12 meses foram registradas elevações em 11 dos 13 produtos da cesta: café em pó (51,28%), farinha de trigo (44,07%), leite integral (38,04%), banana (32,80%), batata (32,67%), pão francês (19,27%), manteiga (18,47%), feijão carioquinha (10,55%), óleo de soja (10,00%), açúcar refinado (4,08%) e carne bovina de primeira (0,66%). Apenas o tomate (-22,71%) e o arroz agulhinha (-2,75%) acumularam taxa negativa.