Santa Catarina tem um boat show para chamar de seu. E ele ocorre em Itajaí, o principal polo náutico brasileiro, que concentra 70% da produção do Estado, além de ser o maior exportador do país. Iniciado na última quinta-feira (4), o Marina Itajaí Boat Show tem programação também neste fim de semana, das 11h às 21h, e vem surpreendendo o público.
Marina Itajaí Boat Show é o maior evento náutico do sul do país e vai movimentar o litoral catarinense neste fim de semana – Foto: Divulgação/Prefeitura de ItajaíCom quase 100 % dos barcos expostos produzidos no Brasil, o Marina Itajaí Boat Show já é o mais relevante evento náutico do Sul do país, reunindo os maiores fabricantes de embarcações do mundo, como Schaefer Yachts, Azimut Yachts, Fibrafort, Ferretti Yachts, NX Boats, Sessa Marine e Ventura, que apresentam novidades e lançamentos.
Marina Itajaí Boat Show tem propósito solidário 2h3jx
Uma grande oportunidade para conhecer equipamentos e órios de alta tecnologia, além de opções de decoração, brinquedos náuticos e até produtos como carros, helicópteros e veículos offroad.
Além de movimentar o mercado náutico, o Marina Itajaí Boat Show tem um propósito solidário, pois vai direcionar 5% da arrecadação com a venda de ingressos para o Rio Grande do Sul, numa parceria com a Cufa (Central Única das Favelas).
O presidente do Grupo Náutica, Ernani Paciornik, responsável pela Boat Show Eventos, que promove os principais eventos náuticos da América Latina, falou sobre a importância de ter olhar atento para a náutica no país.
“Santa Catarina é o berço da náutica no Brasil, um Estado arrojado que acreditou no setor e iniciou um movimento de mudança com o Pró-Náutica, zerando impostos para impulsionar o desenvolvimento da indústria náutica e atraindo grandes estaleiros”, declarou.
Paciornik também disse que Itajaí se transformou, com a instalação da Marina Itajaí, e lembrou que o setor náutico gera milhares de empregos e riquezas para a região.
Evento cresce a cada ano 466v59
Diretora da Boat Show, Thalita Vicentini afirmou que eventos como esse têm uma representatividade muito grande para o mercado náutico, pois 70% dos negócios gerados ao longo do ano acontecem dentro dos boat shows.
“A edição deste ano está 30% maior, refletindo nosso compromisso em proporcionar uma experiência cada vez mais completa e envolvente em um cenário que é um importante polo industrial de barcos a motor brasileiro. Teremos lançamentos que vão desde órios náuticos até embarcações de diferentes tamanhos e estilos”, comentou.
Ela acredita que o diferencial da edição do Marina Itajaí Boat Show deste ano é a inovação.
“Estamos com um evento muito completo, o circuito 360, as estruturas flutuantes, um shopping flutuante, onde uma série de comércios desse mercado náutico conseguem se apresentar e também do mercado de luxo, como empreendimento e diversas outras temáticas de dentro desse mercado conseguem se apresentar aqui”, destaca a diretora.
“Quem vier vai se surpreender com gastronomia, desfile de moda e vários outros atrativos, além de poder levar para casa uma lembrança da nossa campanha ‘Só jogue na água o que peixe pode comer’, do Ziraldo, com isso, a gente consegue atrair de diferentes formas e permite que as pessoas levem um pouco do boat show para casa”, conclui Thalita.
Diretora do Marina Itajaí Boat Show acredita que o diferencial da edição deste ano é a inovação – Foto: Divulgação/Prefeitura de ItajaíMão de obra reconhecida mundialmente 4t61r
O diretor da Marina Itajaí, Carlos Gayoso de Oliveira, não esperava que, em tão pouco tempo, o evento que começou como Salão Náutico, se tornasse internacional como é hoje. Segundo ele, muitas empresas estão envolvidas, foram necessários mais de 40 dias de montagem e mais de 300 pessoas trabalharam na preparação.
“Poucas cidades têm a honra de receber um evento dessa magnitude. Itajaí se tornou referência internacional e atraiu grandes estaleiros, principalmente por sua mão de obra qualificada e reconhecida mundialmente”.
A solenidade de abertura do Marina Itajaí Boat Show também teve participação do ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Embratur, Vinicius Lummertz.
“O Ernani criou a ‘Disney Náutica’ no Brasil, ele é o nosso Walt Disney. Sua visão e motivação são fundamentais, criam pontes entre diversos setores e agregam valor. O desenvolvimento econômico que ele promove gera benefícios para todos, oferece oportunidades e fortalece a economia local. Hoje é um dia para comemorar essas conquistas”, disse referindo-se ao presidente do Grupo Náutica, responsável pelos boat shows.
O secretário de Turismo de Itajaí, Thiago Morastoni, por sua vez, destacou o fato de a cidade ser uma potência nacional no setor náutico.
“Itajaí respira náutica e concentra mais de 70% da produção do Brasil, enquanto Santa Catarina responde por mais de 80%. Este evento, que já é um dos maiores da América Latina, fomenta o turismo, a economia, gera empregos e oportunidades. Itajaí, inclusive, recentemente ganhou um prêmio como a melhor cidade em desenvolvimento socioeconômico do país”, declarou Morastoni.
Força do setor 2o412t
Conforme a diretora Thalita, o setor náutico brasileiro emprega mais de 120 mil pessoas direta e indiretamente, demonstrando sua importância econômica e social. Para ela, é importante que Santa Catarina tenha um boat show, porque o Estado é o polo náutico brasileiro.
“Um evento como esse aqui é de suma importância, até por naturalmente ser um local de vitrine náutica. Temos a oportunidade de, através de um evento como esse, trazer estaleiros do Brasil inteiro para que possam apresentar novidades, também, ao mercado catarinense”.
Sobre o setor, ela disse que apresenta uma natural estabilidade, após um período de grande crescimento durante e após a pandemia.
“Recebemos muitos novos adeptos no meio náutico, então, hoje, o mercado se mostra estável. Os novos que vieram durante o percurso da pandemia entenderam um pouco mais como é a vida a bordo e aram a fazer uma nova exigência, mudando o tamanho das embarcações”, explicou Thalita.
O mercado náutico catarinense recebe novos adeptos a cada ano, sendo um segmento de grande expansão no Estado – Foto: Divulgação/Prefeitura de ItajaíSchaefer Yachts mostra sete embarcações 662m4q
Entre os lançamentos confirmados no evento, a Schaefer Yachts, empresa de Florianópolis, apresenta a lancha Schaefer V44, um barco da linha walk around (quando a cabine não impede a circulação na proa) e que combina esportividade com sofisticação e tecnologia de ponta.
Presidente do conselho da empresa, Marcio Schaefer lembra que o barco foi lançado em abril e agora será apresentado para o mercado em Itajaí. Embora o Marina Itajaí Boat Show esteja nas primeiras edições, ele disse que, ano ado, apresentou um público bem seleto e acredita que vai crescer muito.
“Tivemos pessoas de ville, Brusque, Blumenau, Camboriú, saímos muito satisfeitos ano ado. Acredito que logo terá a dimensão dos eventos do Rio de Janeiro e de São Paulo”, frisou Schaefer.
Ao todo, a Schaefer expõe sete barcos no Marina Itajaí Boat Show, dois em seco, cinco na água. “Praticamente toda nossa frota está indo, os barcos mais modernos, lançados nos últimos cinco anos. Vamos levar a 33, 37, 44, 45, 51, 66 e 77, líderes de mercado nos seus segmentos”, declarou Schaefer.
A caminho do evento, na quinta-feira, ele também falou da importância dos boat shows para o setor.
“Movimenta o mercado. Santa Catarina merece um boat show. Temos os maiores estaleiros do Brasil, um público muito qualificado, grandes empresários e estava na hora de termos esse evento. Começou pequeno e, ano ado, já teve uma dimensão muito maior”, ressaltou Schaefer.
A expectativa dele é que, esse ano, o evento tenha pessoas desses Estados e também os paranaenses, que gostam de ar férias e verão em Santa Catarina.
Segundo o empresário, esse tipo de evento também é útil para fechar negócios.
“É bom para mostrar os barcos, toda nossa linha, conversar com as pessoas. Eu adoro boat show, porque é um momento para ficar frente a frente com o cliente, podemos conhecer outros produtos, o cliente pode ir ver o meu, ver outros e escolher o melhor. O boat show de Itajaí já pegou e vai crescer”, salientou Schaefer.
De acordo com o empresário, o mercado está aquecido, sobretudo as exportações para os Estados Unidos. Com o dólar em alta, ele disse que a empresa se beneficia.
“Quando começamos a trabalhar com o exterior e procurar mercados, uma das estratégias é que, se o dólar sobe e vendemos menos aqui, conseguimos vender mais para fora e aí compensamos. Ou seja, não estamos num mercado só. Dividimos e diminuímos os riscos perante crises”, declarou o empresário.
