Em Balneário Camboriú, a pesca artesanal tem sofrido com o trânsito de lanchas, motos aquáticas, e com a prática da pesca ilegal na Praia Central da cidade.
Segundo os pescadores, as embarcações de lazer tem ficado muito perto da costa, o que prejudica o lançamento das redes que fazem a captura dos peixes. De acordo com o pescador Ronan Pinheiro, isso atrapalha o caminho que o cardume faria. “A gente só pede respeito”, afirma.

Já para o pescador Antônio José, um dos mais antigos da cidade, a fiscalização das embarcações deveria ser mais rígida, em especial das motos aquáticas, que podem chegar muito perto da praia, onde os pescadores ficam.
A secretária do Meio Ambiente de Balneário Camboriú até orienta os condutores e as marinas, mas a fiscalização é de responsabilidade da Capitania dos Portos.
Segundo a Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí, as embarcações como lanchas e motos aquáticas só podem trafegar a uma distância de pelo menos 200 metros da praia. É permitido o fundeamento (ou seja, que o fundo da embarcação toque no chão) em praias, “porém a aproximação deve ser perpendicular à praia e a velocidade não pode ultraar 3 nós (5,5 km/h)”, afirma a delegacia.
Pesca ilegal 66636g
A pesca ilegal do camarão, por exemplo, em período de defeso, prejudica não só os pescadores artesanais, mas também a reprodução da espécie. Até 31 de maio, é proibida a pesca do crustáceo em Santa Catarina.
Segundo o diretor de Fiscalização Ambiental de Balneário Camboriú, Matheus Rafaeli, as fiscalizações tem sido intensificadas e pelo menos 15 redes “feiticeira” já foram apreendidas.
As denúncias podem ser feitas pelo 190 (Polícia Militar) ou pelo 153, da Guarda Municipal.