Com o objetivo de diminuir impactos sociais, ambientais e econômicos, com a transição para energias mais limpas, o Governo de Santa Catarina lançou, nesta segunda-feira (27), o Plano de Transição Energética Justa. O evento ocorreu em Criciúma e contou com a presença do governador Jorginho Mello.

“O Plano Estadual de Transição Energética Justa é para que a gente possa fazer a transição do carvão, que é uma energia fóssil, para uma energia renovável, acima de tudo, preservando o emprego das pessoas”, disse o governador Jorginho Mello durante a visita ao Sul de Santa Catarina.
Setor emprega mais de 20 mil pessoas no Sul de SC 6g1x4l
A escolha para o lançamento do Plano Estadual de Transição Energética Justa não foi à toa. O Sul de Santa Catarina é a região que deve ser mais impactada pela readequação das termoelétricas. Além disso, atualmente, o setor emprega mais de 20 mil pessoas e beneficia cerca de 100 mil de forma direta e indireta.
“Nós precisamos aplicar a inteligência, tanto da Satc, quanto da Unesc, para que a gente consiga, por meio de projetos, criar novos produtos e fazer essa transição de forma gradual, tecnológica e ambiental, para produzir compensações e não abrir mão dos 20 mil empregos diretos”, acrescentou Jorginho Mello.
No Sul de Santa Catarina, o setor fatura mais de R$ 6 bilhões por ano, segundo o Governo do Estado. A maior preocupação é com relação à manutenção dos empregos que são ofertados pelo setor.
“O plano consta na Lei de Transição Energética Justa e prevê a diminuição dos impactos ambientais, sociais e econômicos para a região Sul de Santa Catarina com o objetivo principal que é a redução dos gases do efeito estufa. É o cerne do plano”, destaca o secretário de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde, Ricardo Guidi.
O que prevê o Plano de Transição Energética Justa em SC? 37229
Portanto, um dos principais objetivos do Plano de Transição Energética Justa é substituir o modelo de alta emissão de carbono, atualmente adotado, para um modelo de baixa emissão de carbono.

Redução da emissão de gases com olhares para o modelo econômico 552nr
“Que a gente possa fazer uma mudança pensando em diminuir a emissão dos gases, mas também pensando em todo o modelo econômico da região e os empregos. E aí, a gente pode ver novas oportunidades, um incremento, uma vez que a sustentabilidade pode atrair novos investidores”, acrescenta Guidi.
A mudança também prevê benefícios fiscais, como financiamentos com juros menores. “É uma grande oportunidade para que a gente possa ver o desenvolvimento econômico do Sul do Estado, além da garantia e da manutenção desses 20 mil empregos”, completa, ainda, o secretário.
Para o CEO da Diamante Geração de Energia, que istra o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, Pedro Litsek, uma das principais necessidades a partir da transição é encontrar novas formas de trabalho para a cadeia produtiva.
“Nós temos uma participação super importante nesse projeto. A gente é âncora da transição no estado e temos feito vários esforços para desenvolver novos projetos, como leilão de térmicas a gás, que não só vai garantir novos empregos, como também vai aumentar a segurança energética”, completa.

A partir do lançamento, o Plano de Transição Energética Justa de Santa Catarina prevê estudos. “Agora, é começar a estruturar os projetos de transição de forma sustentável, construídos pela Satc e pela Unesc, para apresentar alternativas em um período de 18 meses”, explica o governador.
* Com informações da repórter Rachel Schneider, da NDTV Criciúma.