Florianópolis: um celeiro de ecossistema tecnológico de portas abertas para o futuro 65916

Curador do Projeto Floripa 350, professor Neri dos Santos, explica como Florianópolis chegou ao posto de uma das cidades com um amplo ecossistema tecnológico e os desafios para o segmento 3n2l9

Há pouco mais de 40 anos, Florianópolis iniciou um importante movimento que hoje transformou a economia da Capital e fez com que a Ilha da Magia expandisse seus horizontes financeiros. Floripa tornou-se uma das cidades com o mais avançado ecossistema tecnológico do país, fabricando conhecimento e exportando profissionais de sucesso, saber técnico e talentos tecnológicos para o Brasil e para o exterior.

Centros de ecossistemas tecnológicos ajudam a cidade a multiplicar talentos e conhecimento técnicos que transformam a economiaCentros de ecossistemas tecnológicos auxiliam a cidade a multiplicar talentos e conhecimento técnicos que transformam a economia – Foto: Reprodução NDTV/RecordTV

Nas últimas décadas, a Capital dos catarinenses deixou de ter seu foco econômico principal no turismo, e migrou para o ramo tecnológico. Quem apresenta dados que atestam tal transformação é o curador de desenvolvimento econômico do projeto Floripa 350, professor Neri do Santos.

“No ano ado, o segmento da tecnologia foi responsável pela principal movimentação econômica de Florianópolis. O setor gerou seis vezes mais riquezas ao município do que o turismo, que por muitos anos foi o carro chefe da economia da Ilha, por exemplo”, cita o especialista.

Para o professor, o turismo, que ou a ser a segunda maior fonte econômica da Capital, perdeu espaço mais uma vez, agora para o avanço tecnológico da medicina, sobretudo de média e alta complexidade. “Isso também é um reflexo e nosso potencial tecnológico, do conhecimento de ponta que vem sendo criado na cidade”, reforça Neri dos Santos.

Não é vocação, é potencial 56562d

O professor Neri do Santos explica que essa virada de chave na economia da Capital se deu a partir da criação da Udesc (Universidade Estadual de Santa Catarina) e da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), na década dos anos 1980.

“Esse foi o ponto de partida”, afirma. “Depois, quem ava por estas instituição se organizava. Assim surgiram espaços que começaram a mudar a realidade econômica de Florianópolis”, diz o professor.

Professor Neri dos Santos, curador do projeto Floripa 350 – Foto: Leo Munhoz/Arquivo/NDProfessor Neri dos Santos, curador do projeto Floripa 350 – Foto: Leo Munhoz/Arquivo/ND

Desta forma, chegaram várias startups e incubadoras que potencializaram ideias tecnológicas a partir dos anos 1990 e 2000, como a Acat (Associação Catarinense de Tecnologia), outras ligadas ao governos, instituição públicas e privadas, que aceleram o desenvolvimento das empresas e pessoas do ramo do ecossistema tecnológico.

Neri dos Santos agrega que “é importante salientar que a tecnologia é transversal a todos os setores da inteligência humana”. “A cidade tem investido na formação das pessoas para a produção tecnológica e isso começa a dar resultados muito positivos, movimentando os ecossistemas, na saúde, educação, na tecnologia de informação, na indústria e outras áreas”, pontua.

Tudo isso seria diferente de vocação. Ou seja, seria errado dizer que Floripa teria uma vocação à tecnologia. “O que se criou aqui na Ilha foram oportunidades para a população adquirir e desenvolver o conhecimento, por meio das universidades e incentivos do poder público e privado para que este saber tecnológico ficasse na cidade. Foi assim que Floripa se transformou no polo de ecossistema que é. Criamos um potencial de desenvolvimento do ecossistema tecnológico”, avalia o professor.

Pessoas, instituições, sociedade civil 4v11o

“A resiliência e a sustentabilidade do ecossistema de inovação de Florianópolis está baseada no capital intelectual, que envolve o capital humano (pessoas qualificadas), capital organizacional (instituições públicas e privadas consistentes) e capital social (sociedade civil organizada). Esta é a grande diferença de Florianópolis”, explica o professor. Segundo ele, as pessoas buscam a cidade para se qualificar e não querem ir embora. “Assim, desenvolvem aqui suas potencialidades, e o município é que mais ganha com isso”, conclui Neri do Santos.

Para ele, o turismo é uma vocação de Florianópolis que deve voltar a crescer na Capital, principalmente no aspecto náutico, mas dificilmente a cidade vai deixar esta tradição de trabalhar, explorar e exportar a tecnologia que tem cultivado nas últimas décadas. Este seria um caminho sem volta e de sucesso para a economia manezinha.

Floripa 350 674oy

O projeto Floripa 350 é uma iniciativa do Grupo ND em comemoração ao aniversário de 350 anos de Florianópolis. Ao longo de dez meses, reportagens especiais sobre a cultura, o desenvolvimento e personalidades da cidade serão publicadas e exibidas no jornal ND, no portal ND+ e na NDTV RecordTV.

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