Em Santa Catarina, 3 a cada 10 pessoas com deficiência estão no mercado de trabalho 174s4t

O rendimento salarial médio de pessoas com deficiência em Santa Catarina é o segundo maior do país e a taxa de informalidade é a menor entre os estados brasileiros

Os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2022) mostram que Santa Catarina tem 135 mil pessoas com deficiência inseridas no mercado de trabalho. Isso significa que três a cada dez trabalhadores com deficiência estão em atuação no estado.

Santa Catarina apresenta a menor taxa de informalidade no trabalho de pessoas com deficiência.Santa Catarina apresenta a menor taxa de informalidade no trabalho de pessoas com deficiência – Foto: Agência Brasília/ Reprodução/ ND

O rendimento médio desses trabalhadores também está entre os mais altos do país, correspondendo a uma média R$ 3.304, contra R$ 1.913 da média nacional. Além disso, os dados do PNAD mostram que Santa Catarina é o estado que apresenta a menor taxa de informalidade (37,8%) em relação ao trabalho de pessoas com deficiência.

No entanto, apesar da menor taxa de informalidade entre os estados brasileiros, o desemprego para pessoas com deficiência em Santa Catarina ainda alcança um índice elevado: 6,9%. Isso é quase o dobro do índice de desemprego das pessoas sem deficiência (3,7%).

Esse recorte inédito do PNAD impulsionou uma análise detalhada do Observatório da FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) para correlacionar aspectos como renda, trabalho e educação da pessoa com deficiência no estado.

Para se ter uma ideia, em Santa Catarina há 499 mil pessoas com deficiência, conforme aponta o IBGE, sendo 221 mil são homens e 278 mil mulheres, o que corresponde a 6,9% da população do estado a partir dos dois anos de idade.

Quanto ao grau de escolaridade das pessoas com deficiência no estado, 26% delas concluíram o ensino básico. Para  pessoas sem deficiência, esse índice é de 56,9%. Já em relação ao ensino médio, seis a cada dez pessoas com deficiência não concluíram essa etapa.

Por outro lado, Santa Catarina possui a segunda menor taxa de analfabetismo entre pessoas com deficiência (9,9%), em um ranking liderado pelo Distrito Federal (8,8%). A média nacional para esse público é de 20%, conforme destacou Mariana Guedes, economista do Observatório da FIESC.

Nesse sentido, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destaca também o apoio da Instituição nas contratações de pessoas com deficiência no estado. O Portal da Inclusão da FIESC, por exemplo, oferece mais de 500 vagas exclusivas para pessoas com deficiência, além de cursos para qualificação.

Vale lembrar ainda que, na terça-feira (1º), o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, esteve em Florianópolis para divulgar o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência “Viver sem Limite 2”, que deve ser finalizado em setembro.

O ministro cumpriu agenda na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e no IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) falando das ações relacionadas à inclusão de pessoas com deficiência. De acordo com Silvio, serão 99 ações relacionando ibilidade, emprego e renda para essa parcela da população brasileira.

A secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a catarinense Anna Paula Feminella, reforçou ainda que esse é o maior Plano de garantia dos direitos das pessoas com deficiência já visto no Brasil.

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