Um momento muito esperado pelos pescadores do litoral catarinense está chegando. A safra da tainha começa no próximo domingo (1º) e a expectativa é alta para este ano. A partir do primeiro dia da temporada está autorizada a pesca de canoa de arrasto de praia. Já a pesca de emalhe anilhado, com bote a motor, será liberada no dia 15 de maio. A pesca de cerco está autorizada entre os dias 1º de junho e 31 de julho.

“A expectativa do pescador é que o ano que vai surgindo seja o melhor possível. A gente já tá com a entrada de uma frente fria, com vento Sul. O mar vai altear bastante e, com isso, o pescador está esperando a tainha chegar”, disse o pescador Claudinei José Lopes.
Desde meados de abril, pescadores de todo litoral catarinense se preparam para manter a tradição da pesca da tainha, fazendo a manutenção das redes, dos barcos e demais equipamentos.
Segundo Lopes, “em todo o nosso litoral, quem é dono de rancho e de parelha já está com a sua rede preparada e a sua canoa preparada. Alguns ajustes finais podem acontecer, mas todo mundo já está ansioso para a safra”.
Mudanças nas regras sanitárias e na infraestrutura 522y1i
Com a melhora nos índices da Covid-19, foram anunciadas algumas mudanças nas regras sanitárias da pesca da tainha. Segundo o superintendente de Pesca, Maricultura e Agricultura da Capital, Adriano Weickert, as medidas serão as mesmas do ano ado, “exceto o uso das máscaras e da vacina contra a H1N1 dentro dos ranchos de pesca. A vacina continua sendo feita, mas no posto de saúde”.
“O restante continua a mesma situação do ano ado, que é 50 pessoas no máximo para puxada de rede, uso de gel, a higiene e a fiscalização diária da superintendência da Pesca junto com a Vigilância Sanitária”, acrescentou Weickert.
Uma das novidades desta safra está relacionada à infraestrutura. Conforme o superintendente, os pescadores poderão contar com 26 banheiros químicos e 36 ranchos provisórios. “Também vai ter iluminação pública colocada em alguns ranchos”, afirmou.
A portaria da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura que estabeleceu as medidas de ordenamento, registro e monitoramento da pesca de arrasto de praia no mar territorial de Santa Catarina causou polêmica este ano. Isso porque não foi estabelecida uma norma que especifique os pontos fixos e a áreas geográficas delimitadas para pesca dessa espécie, ou seja, o pescador terá liberdade para atuar em qualquer praia.
O superintendente comentou sobre o assunto e disse que “a Polícia Ambiental está à frente disso. Só estamos esperando o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) também dar o ‘ok’. Eu acho que cada um pesca no seu lugar. As coordenadas já foram feitas no ano ado e eles se respeitaram”.
Confira mais informações na reportagem do Balanço Geral Florianópolis.