Uma cidade com 5% dos profissionais de tecnologia no Estado e que, em 2021, criou 11.577 empregos. Nela, os empreendedores conseguem abrir um novo negócio em algumas horas, graças à redução da burocracia. Essa é a realidade de São José, que chega aos 272 anos, celebrados no próximo sábado (19), voltada para a inovação e às melhorias que fomentam o ambiente de negócios.

Secretário de Desenvolvimento Econômico em São José, Marcelo Fett ressalta que um dos desafios da atual gestão municipal era justamente melhorar o ambiente de negócios.
“Simplificar processos, formar talentos para a nova economia, criar um programa de incentivo econômico para trazer novas empresas, enfim, um conjunto de ações do Programa Avança São José, para melhorar o ambiente de negócios e os resultados começaram a aparecer”, destaca.
Segundo o secretário, o Brasil tem um déficit de aproximadamente 40 mil vagas na área de tecnologia. “Essas vagas pagam, pelo menos, o dobro da renda média do catarinense, ou seja, temos espaço não só para gerar empregos, mas empregos de qualidade”, avalia o secretário.
A desburocratização dos processos colocou São José no posto de uma das cidades mais rápidas para se abrir uma empresa. “No ano anterior nem aparecemos no ranking e, agora, só estamos atrás da Prefeitura de Mafra”, comemora o secretário.
De acordo com a diretora da fiscalização de tributos da Secretaria da Receita de São José, Suellen Campos, é possível abrir um negócio de baixo risco em poucas horas na cidade.
“Em quatro horas e 14 minutos, o contribuinte consegue iniciar sua atividade. Nem precisa vir até a prefeitura. Ele entra no sistema da Junta Comercial, que no final de 2021 foi integrado ao nosso, coloca sua atividade e a informação chega ao município”, explica.
A via tecnológica 6eh1n
Inaugurado em 2019 em São José, o LinkLab é um espaço de inovação que aproxima grandes empresas e investidores de startups. O ambiente foi criado pela Acate (Associação Catarinense de Tecnologia) ao perceber o potencial de São José na área tecnológica.

“São José nos atraiu, porque começou a aparecer como um dos polos de pessoas que trabalham na área de tecnologia. É a 4ª maior concentração do Estado. Primeiro Florianópolis, que tem 40%. ville e Blumenau, aproximadamente 11% cada, e São José com 5% e crescendo”, conta o diretor do polo regional Grande Florianópolis da Acate, Gérson Schmitt.
Em relação à falta de mão de obra para área de tecnologia, Schmitt destaca os projetos que a gestão municipal vem desenvolvendo para qualificar os jovens.
“Quando você dá oportunidade, principalmente para os menos favorecidos, você traz essa pessoa para uma profissão onde a base salarial é de R$ 3 mil. Isso pode mudar a qualidade de vida das pessoas e das famílias”, comenta Schmitt.
Movimento Geração do Futuro 4g1fd
Entre as iniciativas de São José em busca de se destacar como polo de tecnologia está o Movimento Geração do Futuro. A primeira atividade do programa envolveu a empresa Junior Achievement, que capacitou alunos de quatro polos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) do município. A previsão é atender mais de mil crianças e jovens em 2022 e mais de cinco mil em quatro anos.

De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram criados 4.695 postos de trabalho para cada 100 mil habitantes em São José no ano ado. A 2ª maior média do país. O grande impulsionador foi o setor de serviços, com 8.259 vagas.
Na sequência, indústria, comércio e agropecuária. Em números absolutos, São José ocupa a 3ª posição na criação de empregos no Estado e a 31ª no Brasil. Em diversas áreas, a cidade é, cada vez mais, uma terra de oportunidades.