A agem de um ciclone extratropical associado à frente fria pela região Sul do Estado atingiu fortemente a área rural dos municípios. Segundo relatório preliminar da Gerência Regional da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) em Criciúma, 135 propriedades registraram algum prejuízo na infraestrutura da produção agrícola, em 12 municípios.
Ventos de intensidade moderada e forte foram registrados, chegando a atingir mais de 100km/h em Siderópolis, segundo a Epagri/Ciram, durante o fenômeno climático no final de semana e nesta segunda-feira (24).

“Desde hoje pela manhã nossas equipes estão a campo fazendo levantamento dos estragos causados por esse vendaval, podemos observar que as comunidades e municípios mais próximos das encostas foram os que tiveram maiores prejuízos”, comenta o gerente regional da Epagri, Edson Borba.
A produção de bananas foi a que registrou os maiores prejuízos com os vendavais. Além da bananicultura, foram afetadas, também, as lavouras de milho e fumo, produção de morango, silvicultura (eucalipto) e hortaliças, devido aos danos em abrigos para produção.

Os locais com maior registro de perda na produção serão qualificados em um levantamento mais apurado posteriormente.
Os municípios atingidos foram Turvo, São João do Sul, Morro Grande, Timbé do Sul, Treviso, Ermo, Praia Grande, Lauro Müller, Nova Veneza, Jacinto Machado, Siderópolis e Santa Rosa do Sul.
“Até agora Jacinto Machado e Santa Rosa do Sul parecem ser os municípios que tiveram o maior estrago”, analisa Borba.
Atendimento aos agricultores 5oh71
Danos foram registrados em cobertura para produção de morango em Timbé do Sul – Foto: Divulgação/Epagri/ND
As equipes da Epagri estão realizando os levantamentos junto às Defesas Civis e Secretarias de Agricultura de cada município, além dos atendimentos aos produtores com orientações sobre como podem proceder para a reparação dos danos nas propriedades.
Segundo o gerente regional, a Epagri opera, através da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, duas linhas de crédito com subsídios para os produtores afetados a “Investe Agro Emergencial” e a “Recupera SC”.
“São programas de financiamento com juros bastante subsidiado e prazos que variam de cinco a oito anos para pagar e o agricultor deve procurar os escritórios da Epagri que pode fazer um projeto para recuperação dessas estruturas danificadas”, explica Borba.
Já os agricultores que possuem seguro das propriedades, devem, também, procurar os escritórios da Epagri para o envio dos laudos às seguradoras sobre evento climático.
Principais danos registrados na agricultura: 3m4321
- Estragos nos bananais (quebra, desfolha, folhas rasgadas pelo vento, perda de qualidade do produto e de produção). Esta foi a cultura mais afetada;
- Estragos em lavouras milho e silagem (tombamento de plantas e quedas de espigas);
- Reflorestamento de eucaliptos quebrados perdendo valor de mercado;
- Perda de mudas de fumo devido à queima pelo vento;
- Danos moderados em cultivos de hortaliças e morango.
Principais danos em construções e instalações: 3u5w8
- Abrigo de cultivo de morango e hortaliças em Timbé do Sul, Praia Grande, Jacinto Machado, Siderópolis e Santa Rosa do Sul;
- Um galpão de leite (estábulo) com destelhamento e avaria em placas de energia solar (aproximadamente seis placas);
- Galpão de máquinas e equipamentos em Santa Rosa do Sul;
- Destelhamento de casas, estufas e galpões de fumo e aviários (Timbé do Sul, Treviso, Lauro Müller).