A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) havia anunciado na sexta-feira (30) que a conta de luz em setembro teria bandeira vermelha no patamar 2. Na quarta-feira (4), porém, a agência corrigiu a medida e a tarifa de energia será reajustada.

A bandeira vermelha segue em setembro, mas, em vez de patamar 2, a Aneel mudou a tarifa para o patamar 1. Na prática, o preço ainda aumenta em relação a agosto, mas em uma escala menor do que se fosse mantido o patamar 2 da bandeira.
Isso significa que, em vez de pagar um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatt-hora consumidos, os brasileiros pagarão um adicional de R$ 4,463 a cada 100 quilowatt-hora consumidos na conta de luz.
A bandeira vermelha patamar 2, que havia sido fixada anteriormente pela Aneel, é a mais cara do sistema. A redução do patamar ocorreu “após a correção de informações do Programa Mensal de Operação (PMO) de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS)”, comunicou a agência.

Diante da alteração, a Aneel solicitou 0 recálculo dos dados à CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), o que indicou o acionamento da bandeira vermelha patamar 1.
A conta de luz, portanto, deve pesar menos do que esperado no bolso do consumidor este mês. A Aneel ainda esclareceu que a mudança é válida a partir de 1º de setembro e a devolução para as contas que já foram faturadas será feita até o segundo ciclo posterior à constatação do ajuste.
Por que a bandeira vermelha foi acionada? 305k5n
A alta na cobrança da conta de luz está relacionada às condições climáticas. A bandeira vermelha foi acionada devido à previsão de escassez de chuvas e altas temperaturas.

“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, em a operar mais”, declarou a Aneel.
Em agosto, a tarifa de energia voltou à bandeira verde e os consumidores não tiveram custos extras por conta do aumento dos níveis de chuva na região Sul em julho.
Entenda a cobrança na conta de luz 4h4t46

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 e orienta os consumidores dos custos na geração de energia no Brasil. No entanto, o cálculo leva em consideração o preço da energia e o risco hidrológico.
- Bandeira verde: indica custo baixo de geração de energia, sem acréscimo na tarifa para o consumidor.
- Bandeira amarela: indica condições menos favoráveis na geração de energia e um pequeno acréscimo na conta do consumidor.
- Bandeira vermelha (Patamares 1 e 2): indica mais custos na geração de energia. O patamar 1 sinaliza o custo alto e o patamar 2 o custo mais alto ainda. Nos dois casos os acréscimos na tarifa de energia são elevados em comparação à bandeira amarela.