A Americanas tem ao menos R$ 185 milhões em dívidas com empresas, pessoas físicas e prefeituras de Santa Catarina. A empresa entregou na quarta-feira (25) à Justiça, a lista de credores da companhia, que pediu recuperação judicial citando dívidas de cerca de R$ 43 bilhões – oito dias após ter revelado um rombo contábil de R$ 20 bilhões.
Grupo Americanas deve milhões a empresas de SC – Foto: Reprodução YoutubeSegundo a lista, a empresa deve, no total, R$ 41.235.899.286,62, a 7.967 nomes. Entre os nomes que constam no documento estão desde indústrias de diferentes setores a importadoras, transportadas e shoppings centers.
Em Santa Catarina, a maior quantia devida pela Americanas é à empresa Britânia, sendo o valor de R$ 97,6 milhões. Apesar da sede da empresa ser na cidade de Curitiba (PR), a Britânia também opera em ville, no Norte do Estado.
A lista inclui empresas têxteis que vendem produtos no site da Americanas. Confira os nomes e os valores devidos:
- Altenburg: R$ 11,5 milhões
- Buddemeyer: R$ 6,5 milhões
- Rovitex: R$ 3,5 milhões
- Cremer: R$ 2,6 milhões
- Lepper: R$ 402,8 mil
As empresas Oxford (R$ 4,9 milhões), Condor (R$ 4,8 milhões), Intelbras (R$ 4,3 milhões), Engie Brasil (R$ 1,4 milhão) e BRF (R$ 660,8 mil) também constam na relação de credores da varejista.
Integram a lista a Celesc, Aurora, Gomes da Costa, Neoway e Flexicotton, com valores a receber abaixo dos R$ 270 mil. No documento divulgado pela Americanas aparecem ainda pessoas físicas cujos créditos variam de R$ 265,56 a R$ 57,3 mil.
Além disso, prefeituras de municípios como Criciúma, Itajaí, Mafra, Jaraguá do Sul e Indaial também integram a lista. Shoppings centers em Blumenau, Criciúma, Chapecó, Jaraguá do Sul e Lages que contam com a loja física da Americanas, compõem a lista.
Justiça determina bloqueio de valores m3r1c
O juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 4ª Vara Empresarial da Capital do Rio de Janeiro, determinou na terça-feira (24) o bloqueio dos valores do Grupo Americanas retidos pelo Banco Votorantim, no valor de R$ 200 milhões e pelo Banco Safra, de R$ 95 milhões. O pedido foi feito a pedido do Grupo Americanas.
Também na segunda-feira (23), o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro liberou R$ 1,2 bilhão das Lojas Americanas que haviam sido bloqueados a pedido do BTG.
