O Fort Atacadista abriu uma operação temporária nesta sexta-feira (21), no bairro Campeche, em Florianópolis. O mercado estava fechado por conta de um incêndio que danificou integralmente a antiga estrutura.

O supermercado, que pegou fogo no dia 23 de dezembro, ou por uma perícia da Defesa Civil que considerou perda total do prédio. Assim, foi demolido. Em 28 dias, uma nova estrutura foi montada no estacionamento.
A loja possuía 261 funcionários, que foram realocados em outros comércios da rede ou postos em férias. Todos eles retornaram ao Campeche, em um rodízio de 24h de atendimento por dia, que deve permanecer até a reconstrução definitiva do prédio.
Além do atendimento presencial ininterrupto no Sul da Ilha, os consumidores também podem realizar suas compras através de um sistema de delivery.
A empresa já constrói um novo Fort Atacadista no terreno e pretende entregar ainda no primeiro semestre de 2022, em tempo recorde. Segundo informações do Grupo Pereira, proprietário da rede, a nova loja deverá ter o mesmo tamanho e ser “mais bonita”.
A estrutura temporária conta com um estoque de 4 mil itens, menor do que o da anterior, que foram selecionados de acordo com a demanda do comércio. Por enquanto, o mercado não conta com açougue.
A entrada agora é pela lateral. No chão ainda se vê as marcas das antigas vagas de estacionamento e as faixas de pedestre. As paredes são formadas por PVC e tecido brancos, o que torna o ambiente bem ventilado.
Todos os setores istrativos do Grupo Pereira foram acionados para a retomada rápida, segundo Lucas Pereira Santiago, diretor da companhia. “Foram quase 400 pessoas trabalhando praticamente 24 horas para a gente conseguir levantar essa loja”, disse Santiago.

“Há 30 dias atrás, a loja era muito bem inserida na região. Nós recebíamos muitas mensagens positivas dos clientes. Mesmo depois do ocorrido, continuamos a receber essas mensagens. As pessoas queriam saber quando iríamos reabrir. Isso motivou muito a gente.”
“É importante que o Fort esteja presente porque ele é mais econômico para as famílias. Principalmente agora neste momento de inflação”, afirmou o diretor. Só na Grande Florianópolis, são 10 lojas da rede.
Para os trabalhadores, é positiva a retomada, por conta do deslocamento. “Faz quase um ano que trabalho aqui. Fui trabalhar no Fort de Santo Antônio de Lisboa. Eu moro na Tapera. Eu tinha que pegar 2 ônibus”, contou a funcionária Pietra Andrade.
Alguns moradores do Sul da Ilha expressaram alívio: “Eu costumava fazer compras com frequência no Fort. Eu tive que procurar outro supermercado. O preço era muito alto. Senti muita falta mesmo. Agora estou feliz. Muito feliz. Nem acredito, é uma melhoria na vida”, disse Rosélia Chagas.

Outros comércios da região sentiram impactos nas suas finanças. “Baixou bastante o movimento depois do incêndio do Fort. O pessoal saia dali e já vinha direto aqui tomar um caldo de cana. Hoje o movimento já é maior”, contou Vanessa de Oliveira, funcionária de uma lanchonete em frente.