Com a cesta básica mais cara entre as capitais brasileiras, Florianópolis sofreu um aumento de 1,40% no valor do conjunto básico de alimentos em novembro. Com a elevação, os custos chegaram a R$710. Os dados foram levantados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Florianópolis também apresentou alta no acumulado do ano, com o valor da cesta básica subindo 15,43% entre novembro de 2020 e 2021. Com aumentos mais expressivos ao longo deste ano, tomate está 68,56% mais caro, café 68,57% e açúcar com 67,61%.
Tiveram reduções no preço médio de novembro: tomate (-7,68%), farinha (-1,16%), manteiga (-1,23%), feijão (-0,91%), leite (-0,68%) e batata (-0,6%).
Além de Florianópolis, as cestas básicas mais caras estão em São Paulo, no valor de R$ 692,27; Porto Alegre, a R$ 685,32; Vitória, custando R$ 668,17; e Rio de Janeiro, a R$ 665,60. Além destas capitais, todas as restantes acumularam altas no preço, mas nenhuma tão expressiva quanto as citadas.
O custo médio das cestas básicas também aumentou em nove cidades do país. As maiores altas foram registradas em cidades do Norte e do Nordeste, como Recife (8,13%), Salvador (3,76%), João Pessoa (3,62%), Natal (3,25%), Fortaleza (2,91%), Belém (2,27%) e Aracaju (1,96%).
Enquanto isso, o Dieese ainda estima que o salário mínimo necessário para manter uma família no Brasil é de R$ 5.969,17. O valor corresponde a 5,42 vezes o piso nacional vigente, que é de R$ 1.100.
O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Já em outubro, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.886,50, ou 5,35 vezes o piso em vigor.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em novembro, ficou em 119 horas e 58 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em outubro, quando foi de 118 horas e 45 minutos.