Os Emirados Árabes Unidos tem uma população superior a 9 milhões de habitantes, dos quais mais de 85% são estrangeiros. No Catar, a presença de não nativos é de 75%. E no Kuwait, este número está em 73%.
São os três países árabes que enriqueceram com o petróleo e que flexibilizaram a ortodoxia islâmica com abertura para o mundo ocidental. E Arábia Saudita também começa a liberar o rigorismo muçulmano, com gigantescos projetos turísticos, empreendimentos imobiliários grandiosos e promoção comercial de seus produtos.
Durante a recente viagem dos catarinenses a Dubai e Abu Dhabi, várias surpresas para os primeiros visitantes. O secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, por exemplo, ficou impressionado com a arrojada arquitetura, a beleza das construções, a limpeza das cidades e, sobretudo, a educação e gentileza de todos, portanto, esta riqueza do capital humano.
Trata-se, realmente, de um fenômeno único. A presença maciça ali é de indianos e paquistaneses, facilmente identificados pela cor da pele.
Chama a atenção a qualificação dos trabalhadores de todas as áreas, em especial nos serviços. São gentis, educados e estão sempre prontos para atender os turistas e suas famílias com fidalguia única.
Quando fui fazer o check-in no hotel de Dubai, o indiano que estava na entrada, exigiu carregar minha única mala ao apartamento. Ele está há 3 anos na cidade, é casado, tem dois filhos e visita a família apenas a cada 9 meses. Declarou-se muito feliz pelo emprego conquistado.

Após o check-out, o motorista da Emirates com uma moderna BMW levou-me do hotel ao aeroporto. Casado, tem 3 filhos, apenas uma vez no ano vai visitá-los no Paquistão. Indagado, sorriu para proclamar, feliz, que garantia a sobrevivência de sua família e de seus pais.
Comprovado: o que motiva os trabalhadores é emprego e renda.