Você já parou para pensar quantas artistas mulheres estão na sua playlist do dia a dia? Em 2021, a participação feminina em relação ao número total de titulares de música beneficiados com direitos autorais cresceu apenas 5%.
Os dados são do relatório “O que o Brasil Ouve -Edição Mulheres na Música” produzido pelo Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). A participação feminina nesta arte é o tema do episódio do podcast aDiversa desta sexta-feira (17).

Para falar sobre o assunto, a apresentadora Luciana Barros recebe Ammora Alves, cantora e jurada do Canta+. Marcelo Mancha, jornalista do Grupo ND e apaixonado por música, é o apresentador convidado do episódio.
De acordo com o relatório divulgado pelo Ecad, as mulheres receberam cerca de 7% dos direitos autorais no país, igualando o resultado de 2020. Apesar do avanço discreto, o cenário musical continua sendo predominantemente masculino.
Para a cantora Ammora Alves, os homens ajudam a criar rivalidade feminina no espaço musical.
“Eu tive sorte e azar ao mesmo tempo. Agora estou lidando com um grupo de homens no meio da música que me abriu esse acolhimento. Mas tive o azar de encontrar muita gente ruim também. É um espaço dominado por muitos homens e esses mesmos homens são os que plantam rivalidade entre as artistas.”
O espaço delas 2a4u2m
Mesmo que a participação feminina ainda seja pequena em comparação ao espaço ocupado pelos homens, elas se destacam no cenário musical.
“É um ambiente muito masculino ainda, mas as meninas estão chegando em todos os gêneros. Estão chegando forte no rap e no sertanejo, que antes não era comum dupla de sertanejo feminina. Marília Mendonça deu show cantando o lado feminino do sertanejo. É um ambiente masculino, mas eu vejo aos poucos as coisas acontecendo”, diz o jornalista Marcelo Mancha.
A vitrine do Canta+ 2u4w5k
Jurada do Canta+, reality show de música da NDTV que estreia neste sábado (18), às 13h30, Ammora fala sobre a importância de projetos que fomentem a descoberta de artistas no Estado e sobre a responsabilidade de ser jurada.
“Santa Catarina tem muito artista bom. Tem muita coisa de qualidade sendo produzida no Estado, mas às vezes o que falta é espaço. E essa iniciativa é uma vitrine importante para quem vive ou quer viver de música. Sinto uma responsa enorme por estar do outro lado, julgando o sonho das pessoas, mas vejo o quanto isso é agregador nas trajetórias artísticas de cada um”, comenta.
Sobre o podcast: 4m1j65
O podcast aDiversa abre espaço para assuntos do dia a dia das mulheres. Os episódios apresentados por Luciana Barros vão ao ar todas as sextas-feiras, às 7h, na página da Diversa+.