O Festival Saravá terá sua 9ª edição neste sábado (21), no Life Club, em Florianópolis. O evento conta com participações especiais de artistas como a indígena Kaê Guajajara, a banda paulista Nomade Orquestra, Gilberto Gil – que volta à Florianópolis depois de 15 anos sem se apresentar na cidade – Chico César, Rachel Reis, a pernambucana Doralyce e o grupo de mulheres percussionistas Cores de Aidê.
Após oito edições bem sucedidas, o Festival Saravá 2023 esgotou os ingressos um mês antes da realização. O evento começou a ser realizado em janeiro de 2017 e já soma um público de 50 mil pessoas.
“Floripa tem uma efervescência cultural grande, a Ilha é realmente da magia. O Festival Saravá surge de um anseio em fomentar e amplificar a música autoral brasileira, que é tão rica e diversa, e é isso que nosso festival tem de mais especial, nosso cuidado com a diversidade”, explica o produtor Adriano Saito.
O festival presa pela diversidade e pela consciência ambiental. Este ano, o evento tem ingresso livre para pessoas com deficiência e pessoas trans e destinação correta dos resíduos gerados durante os shows. Além disso, todas as apresentações artísticas terão intérprete de libras.
Conheça algumas das atrações 653m4b
Artista e defensora dos direitos dos povos originários, Kaê Guajarara estará no show da banda Nomade Orquestra. Ela vai apresentar as canções de seu álbum mais recente “Kwarahy Tazyr” (2021).
Nascida em Mirinzal, no Maranhão, e pertencente à etnia Guajajara, Kaê se mudou para o complexo de favelas da Maré no Rio de Janeiro ainda criança. Ela vê na música mais que uma expressão artística, mas uma forma de manifestação contra o silenciamento dos povos originários.
A Nomade Orquestra é uma banda de música instrumental onde diferentes vertentes e expressões musicais se encontram, com influências do funk 70, jazz, dub, rock, afrobeat e ethiogrooves. A banda fará um show especial em celebração aos 10 anos de carreira.
Neste ano, o festival também apresenta seis intervenções artísticas que estarão no palco alternativo do evento. Entre elas o grupo Casa das Feiticeiras, a primeira casa de vogue (dança estilizada que se caracteriza por posições típicas de modelos com movimentos corporais definidos por linhas e poses) do Sul do Brasil. O movimento ficou conhecido nos anos 1980 após Madonna lançar a música de mesmo nome.
Outra atração é a intervenção “Anseio”. Ieda Moraes, que protagonizou a arte, coletou durante 90 dias todas as embalagens dos produtos que consumiu e desenvolveu um figurino com os resíduos.