Em uma descoberta espetacular que lembra as aventuras de Indiana Jones, arqueólogos desvendaram um labirinto de câmaras e agens subterrâneas sob uma igreja no sul do México, apelidado de “entrada para o submundo”. Este complexo foi encontrado no sítio arqueológico de Mitla, construído pela antiga cultura zapoteca há mais de mil anos.

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Usando avançadas tecnologias de escaneamento do solo, incluindo radar de penetração no solo, tomografia de resistividade elétrica e tomografia de ruído sísmico, os pesquisadores mapearam as ruínas subterrâneas, criando um modelo 3D virtual.
Este projeto foi uma colaboração entre 15 especialistas, incluindo arqueólogos, cientistas geofísicos e engenheiros, em parceria com o Instituto Nacional Mexicano de Antropologia e História (INAH), a Universidade Nacional Autônoma do México e o Projeto ARX.

O complexo, que inclui várias tumbas e câmaras interconectadas, foi o principal centro religioso zapoteca até o final do século 15, caindo em desuso após a conquista asteca e posteriormente pelos espanhóis, que reutilizaram os materiais para construir a igreja de San Pablo Apostol.
Os zapotecas eram fortes crentes no submundo, adoravam vários deuses e enfatizavam rituais – inclusive quando alguém morria.
Este labirinto subterrâneo, localizado abaixo do altar principal da igreja, oferece uma visão única das crenças e rituais zapotecas associados ao culto dos mortos e dos ancestrais, por isso chamado de entrada para submundo.

Além disso, a equipe descobriu evidências do Palácio das Colunas, um importante monumento antigo da região. Estas descobertas não só lançam luz sobre o povo zapoteca mas também são cruciais para avaliar os riscos sísmicos e geológicos, ajudando a preservar estes monumentos históricos.
Agora estão realizando uma investigação geofísica, com o objetivo de explorar ainda mais a história de Mitla e suas origens. Estas descobertas prometem reescrever a história deste local antigo e preservar um legado cultural para gerações futuras.