Uma verdadeira multidão tomou o centro de Florianópolis, no Bloco dos Sujos neste sábado (22), como tradicionalmente acontece no Carnaval de rua da Capital. Trios elétricos, diversos blocos, dos tradicionais aos alternativos, fantasias criativas e muita música animaram os foliões, desde o começo da tarde até o meio da noite.
De acordo com a PM (Polícia Militar), o público estimado foi de 181 mil pessoas. A movimentação foi intensa durante todo o dia, contando com jovens, idosos e famílias. A Praça 15 de Novembro e redondezas estava tomada de gente.

Como sempre, não faltou criatividade nas fantasias dos foliões. Além dos tradicionais homens vestidos de mulher e vice-versa, encontraram-se muitas referências da TV e do cinema, tudo com muito bom humor e irreverência.
O funk foi o ritmo mais tocado. Foi possível escutar o hit “Tudo OK”, de Thiaguinho MT, inúmeras vezes entre os blocos. Outro gênero que fez sucesso na folia foi a música eletrônica, além dos consagrados hits de Anitta, Ludmila, Lexa, Léo Santana e outros.
Inclusive, desde o meio-dia um DJ animou o “Bateu”, bloco alternativo localizado na Praça Tancredo Neves. De acordo com a gerente da festa, Edinara Rebonatto, esta foi a primeira edição em um Carnaval, e ela estipula a circulação de cerca de 2 mil pessoas pelo bloco.

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Os blocos tradicionais, como o Sou + Eu e o Bloquete & Calma Beth também reuniram enorme fluxo de pessoas.
Já o Pauta Que Pariu, localizado na Escadaria Nossa Senhora do Rosário, reuniu jornalistas com o tema “Tira a Mão do Meu ReZistro”. A professora de jornalismo da UFSC, Rita Paulino, explicou sobre a importância da abordagem: “A gente, há tempos, vêm lutando pela validação do nosso diploma de jornalista, e o tema desse ano é a nossa luta, de que quem faça o curso de jornalismo tenha validação como profissional da área. Hoje qualquer pessoa pode ser considerada jornalista”.

Outro bloco muito requisitado na folia é o do Jivago, que mais uma vez atraiu uma multidão. Com uma temática LGBT+, os foliões se concentraram em torno de um DJ que animou a festa.
A estudante Maria Carolina Castro, de 24 anos, foi pela terceira vez no bloco, e conta que ou a frequentar com os amigos. Ela escolhe o Jivago pelas musicas e pessoas, mas só não gosta da superlotação.
“Não é Não” 1g6312
As tatuagens do movimento “Não é Não” apareceram com frequência espalhados por todos os blocos.
A proposta de discutir o assédio sofrido diariamente pelas mulheres tem ganhado cada vez mais adeptas, e não foi diferente no Bloco dos Sujos deste ano.
