Varal, bengalas e até pneus: os inusitados achados e perdidos da rodoviária de Florianópolis j6e3i

Centenas de objetos estão na sala reservada da rodoviária Rita Maria, de Florianópolis: dos mais comuns, como documentos e cartões, aos mais peculiares 325r1p

Longe do movimento intenso do saguão da rodoviária e das plataformas de embarque e desembarque, em uma sala reservada no Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis, um verdadeiro acervo de esquecimentos aguarda por seus donos distraídos.

Centenas de objetos estão na sala reservada da rodoviária de Florianópolis: dos mais comuns aos mais peculiares – Foto: Leo Munhoz/NDCentenas de objetos estão na sala reservada da rodoviária de Florianópolis: dos mais comuns aos mais peculiares – Foto: Leo Munhoz/ND

São milhares de documentos pessoais, desde identidades, carteiras de trabalho até cartões de crédito e carteiras com dinheiro. Eles dividem espaço com uma coleção de órios deixados para trás, que conta com óculos de sol e de grau, chapéus de estilos variados, malas de viagem, travesseiros, celulares, cobertores, coolers e alguns itens inusitados, como pneus, varal de roupa, cadeirinha de criança, caixa de transporte de animal e bengalas.

Há 31 anos trabalhando na rodoviária, o supervisor Romualdo de Oliveira já se acostumou a ver de tudo um pouco. Mas, enquanto conversava com a reportagem, relembrou um caso inusitado de quando havia acabado de chegar no novo emprego.

“Em 1995, encontramos um objeto que estava enrolado em um jornal. Ninguém sabia o que era e também não nos preocupamos em desenrolar o jornal. E isso ficou circulando de um lado para o outro sem ninguém saber muito o que fazer. Depois de um tempo, chegou um casal procurando e, quando eles olharam o objeto, começaram a falar ‘Dios mío, Dios mío, gracias’, agradecendo muito por termos guardado. Eram estrangeiros e quando eles abriram o jornal, só tinha notas de dólar. Muito dinheiro”, conta, aos risos.

O supervisor Romualdo de Oliveira trabalha há 31 anos na rodoviária de FlorianópolisHá 31 anos trabalhando na rodoviária, o supervisor Romualdo de Oliveira já se acostumou a ver de tudo um pouco – Foto: Leo Munhoz/ND

Objetos guardados na rodoviária 6u3o4o

Conforme o gerente geral do terminal, Artur Rodrigues, a alta temporada contribui para que a sala dedicada aos achados e perdidos esteja cheia.

Ele explica que os itens ficam guardados de três meses a seis meses, dependendo do caso. “O terminal tem um regulamento próprio determinado pelo Estado e o decreto estipula os prazos e o que temos que fazer com aquilo que é esquecido”, diz.

“Nós registramos diariamente em um livro de ocorrências e, segundo regulamento, devem ser guardados até 90 dias, mas deixamos por aqui até seis meses para dar um tempo maior das pessoas virem buscá-los”.

Até pneus já apareceram nos achados e perdidos da rodoviária Rita Maria – Foto: Leo Munhoz/NDAté pneus já apareceram nos achados e perdidos da rodoviária Rita Maria – Foto: Leo Munhoz/ND

Esqueceu alguma coisa? Calma que tem jeito! 222h1l

Se o dono do item perdido sentir falta e tiver condições de retirá-lo, basta procurar a istração do Terminal Rodoviário, localizada no segundo andar, no Centro da cidade, ou entrar em contato com a ouvidoria pelo número 0800 – 6448500.

“Caso o perdido ainda esteja conosco, a retirada é gratuita e estamos à disposição. Mas, obviamente, a pessoa precisa fazer a descrição mais detalhada possível daquilo que supostamente diz que perdeu. Com essa descrição, e se bater com o item, nós liberamos”, relata o gerente geral. “Precisamos ter o máximo de segurança para entregar o item para a pessoa certa”.

No entanto, de acordo com Rodrigues, é muito mais comum os objetos esquecidos fazerem aniversário no depósito do que alguém retirá-los. “Eu não vou saber precisar o número de pessoas que conseguimos devolver, mas não é grande. Quando ainda conseguimos ter algum tipo de identificação como um número de telefone ou endereço, até tentamos entrar em contato, mas normalmente não é comum”, cita.

Nem sempre as pessoas voltam para buscar os objetos esquecidos – Foto: Leo Munhoz/NDNem sempre as pessoas voltam para buscar os objetos esquecidos – Foto: Leo Munhoz/ND

“O custo para vir buscar aquilo que foi esquecido é muito maior do que efetivamente vale o item. São pessoas que viajam, às vezes, quilômetros e quilômetros de distância e compensa muito mais fazer uma segunda via de um documento do que voltar aqui para buscar”, explica.

Se ar do prazo… 226y5u

ando o prazo de seis meses, cada item tem um destino diferente. “Em caso de documentos, eles são encaminhados para os Correios, onde normalmente fazem essa concentração de documentações perdidas. Já os outros perdidos são doados para alguma instituição. Inclusive ficamos à disposição para cadastramento de outras instituições que estiverem dispostas a receber porque é muita coisa”, declara Rodrigues.

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