Moacir Pereira: histórias para ficar na memória 4m2c6k

Jornalista recorda viagens e coberturas que mais marcaram sua vida e carreira 6f1i37

Ele tem três aportes com folhas e mais folhas carimbadas, mas diz que nunca contou quantos países já visitou. “Acho que ou de 50, mas não tenho certeza. O que posso afirmar é que conheço os sete continentes e que todas as viagens que fiz foram de enriquecimento profissional e pessoal”, afirma Moacir Pereira.

Moacir Pereira lendo o livro '50 contos de Machado de Assís'Moacir Pereira lendo o livro ’50 contos de Machado de Assís’ – Foto: Anderson Coelho/ND

Na memória, que ele sempre fala que não é boa, mas que se revela excelente em todas as conversas, seja para datas, nomes ou detalhes, o jornalista carrega centenas de cenários, pesquisas, reportagens e coberturas que julga importantes para a vida e para a carreira.

Os temas se divergem, se encontram e se misturam em uma seleção que conta com cobertura de tragédias, da história do Brasil e de personagens emblemáticos, além de fatos cômicos, como o dia em que não se complicou em um país estrangeiro pelo fato de ser conterrâneo de Pelé.

São fragmentos de uma carreira extensa, carregada de experiências e oportunidades que não foram desperdiçadas. A vida e os aportes de Moacir Pereira contam a trajetória de um dos maiores profissionais do jornalismo catarinense.

Moacir, o homem que viu a trajetória de Santa Catarina e do Brasil acontecendo 3o3h6r

Na política, área de maior destaque de sua carreira, Moacir Pereira teve a oportunidade e o privilégio de acompanhar mudanças históricas do Brasil. Por exemplo, a elaboração da Constituição Brasileira, em 1988. “Foi um ano e meio indo e voltando de Brasília para acompanhar as discussões e movimentações, e produzindo conteúdo para o nosso Estado”, relembra.

A lista de políticos entrevistados nesse período e durante a sua carreira é imensurável, mas ele destaca nomes como Jarbas arinho, no momento em que este ocupava o cargo de Ministro da Educação, entre 1969 e 1974; o ex- governador de Santa Catarina Aderbal Ramos da Silva, em uma entrevista que foi dividida e publicada durante três dias consecutivos no jornal O Estado e, posteriormente, se transformou em livro; e ainda uma entrevista exclusiva com o ex-presidente do Brasil Fernando Collor de Mello, em 1989, após o confisco da poupança dos brasileiros.

Quando o assunto é cobertura política, o destaque vem para a eleição de Pedro Ivo Campos como governador de Santa Catarina, em 1986, e a denúncia contra o ex-governador Leonel Pavan, acusado de recebimento de propina para favorecer uma empresa distribuidora de combustíveis em 2010.

“Era um processo que corria em sigilo, e eu, para conseguir informações de uma fonte oficial, tive que me disfarçar para chegar até essa pessoa sem ninguém perceber que era eu. Pra minha sorte, estava chovendo e eu baixei bem o guarda-chuva no rosto”, relembra.

Além de entrevistas e coberturas, Moacir Pereira muitas vezes foi convidado para viagens internacionais, fazendo parte das delegações que acompanhavam líderes políticos e empresários em busca de parcerias e bons negócios para Santa Catarina.

Ele esteve, por exemplo, na comitiva do então governador Vilson Kleinübing, em 1993, que foi a Aomori, cidade do Japão, firmar a parceria para que a maçã Fuji asse a ser produzida em Santa Catarina.

Também na Ásia, ele destaca a cobertura empresarial que fez acompanhando o então presidente da Fiesc Osvaldo Moreira Douat, na China, em 1996. Das lembranças dessa viagem, recorda o quão impressionado ficou com a tecnologia que era usada nos lugares em que esteve.

“Todos tinham celular, o que no Brasil era raro; para a minha sorte, a China tinha um excelente sistema de telefonia, e eu pude mandar as notícias para cá via fax”, diz.

A viagem mais emocionante, afirma, foi para a Arábia Saudita, em 2001. “Fomos para acompanhar a missão catarinense de negócios, com a intenção de vender os nossos produtos e fechar contratos de exportação, e duas coisas impressionantes aconteceram comigo naquela viagem”, conta.

“Saí do hotel com dois colegas de trabalho e fomos ear em um shopping. Quando entramos, eu liguei minha câmera de vídeo, que havia comprado há pouco tempo e queria estrear profissionalmente nessa viagem. Em menos de um minuto, fui abordado por um segurança que arrancou a máquina da minha mão e pediu para acompanhá-lo. Meu inglês era mediano; meu colega que falava inglês havia esquecido o aporte no hotel e saiu correndo; o outro estava com a perna machucada e não conseguiu nos acompanhar. Fui levado para uma sala e lá o segurança pediu meu aporte. Quando ele viu, olhou para mim e falou ‘Brasil, Pelé!’. Tive que deletar as imagens da filmadora na frente dele e fui liberado, graças ao nosso Rei do Futebol”, relembra.

Outro fato marcante para Moacir foi conhecer o cônsul honorário do Brasil em Jidda, Khalil Mohamed bin Laden, irmão do líder terrorista Osama bin Laden.

“Ele tinha esse cargo porque era casado com uma brasileira, Isabel Cristina Bayma”, recorda. “Nos recebeu muito bem e nos transmitiu um volume grande sobre sua cultura e sobre a família dele, que desmistificou o que se via na mídia”, afirma.

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