Nesta semana, a Warner Bros Discovery anunciou no Rio2C, evento realizado no Rio de Janeiro, a produção da série nacional Gêmeas Trans, que contará a história de duas irmãs brasileiras, hoje com 21 anos, que vieram a Blumenau, no Vale do Itajaí, para entrar para a história.

As irmãs Mayla Phoebe e Sofia Albuquerck foram as primeiras gêmeas no mundo a fazer uma cirurgia de redesignação sexual, também conhecida como mudança de sexo. O procedimento foi realizado na Clínica Transgender Center Brazil, sob o comando do cirurgião Dr. José Carlos Martins Junior.
Mesmo a clínica sendo de Blumenau, as gêmeas vieram à cidade apenas para fazer o procedimento. Hoje, Mayla vive em Buenos Aires, na Argentina, onde está cursando medicina, enquanto Sofia mora na cidade de Franca (SP), onde cursa engenharia.
Ao longo de seis episódios, a série acompanhará o cotidiano das duas, quando elas se reencontram para curtir as férias, ver antigos amigos e encarar novos desafios. Conflitos familiares, escolhas, amor e muitas novidades também estarão presente nos episódios, segundo a equipe que está produzindo a série.
Inclusive, haverá trechos da série que serão gravados em Blumenau. Contudo, mais detalhes sobre a produção, prevista para estrear em junho, ainda são mantidas em sigilo.
A série é uma produção da Warner Bros Discovery, realizada pela Endemol Shine. Ela poderá ser vista nas plataformas do canal HBO Max e no Discovery+.
Relembre o caso 6jr3z
Há dois anos, as gêmeas Mayla e Sofia vieram do interior de Minas Gerais a Santa Catarina para realizar um sonho incomum. Elas resolveram ar por um procedimento raro de redesignação sexual, feito no Hospital Santo Antônio, em Blumenau, entre os dias 10 e 11 de fevereiro de 2021.
A cirurgia repercutiu em todo o país e até no exterior, principalmente por ser feito em duas irmãs tão jovens. Conforme reportagem do ND+ à época, as gêmeas já discutiam a mudança de sexo antes da maioridade.
Na entrevista, uma delas alegou que já fazia o tratamento hormonal com anticoncepcional por volta dos 15 anos de idade. Para elas, a cirurgia foi a realização de um sonho que as tornou completas, sem o órgão genital masculino.
“Me sinto realizada, liberta. Foi tudo com a permissão de Deus, desde os meus 3 anos de idade eu peço para Deus me transformar em uma menina e creio que ele nos abençoou até aqui”, contou Mayla na época em que ou pela cirurgia.