Florianópolis usará reconhecimento facial em censo de pessoas em situação de rua 3l4b3d

Levantamento será em até 60 dias; será a primeira vez que Florianópolis vai aferir população em situação de rua 171l1z

Em busca de ter um número correto sobre quantas pessoas vivem em situação de rua atualmente em Florianópolis, a prefeitura da Capital lança nesta quarta-feira (18) o censo das pessoas em situação de rua.

Placas informam proibição de colocar barracas, sujeito a multa e apreensão – Foto: DIOGO SOUZA/NDPlacas informam proibição de colocar barracas, sujeito a multa e apreensão – Foto: DIOGO SOUZA/ND

A iniciativa inédita foi apresentada pelo prefeito Topázio Neto (PSD), na sede do Grupo ND, na tarde de terça-feira (17), em parceria com as secretarias de Segurança e Ordem Pública e de Assistência Social.

Segundo Topázio, não existe um cadastro único e um censo confiável sobre quantas pessoas vivem desta forma na cidade.

“Volta e meia alguém chuta um número. E eles são muito variados, porque normalmente se pega dados de uso público que não necessariamente o conjunto de pessoas que estão em Florianópolis, mas sim que aram por aqui”, destaca. “Então, a partir de hoje, para resolver essa questão, vamos começar um grande censo das pessoas em situação de rua em Florianópolis”, completa.

O levantamento será realizado a partir de um aplicativo que fará o reconhecimento facial de todas as pessoas que circulam e dormem nas ruas e/ou fazem uso dos equipamentos disponíveis, como o restaurante popular e a arela da cidadania, por exemplo.

Segundo Topázio, não existem dados confiáveis sobre quantas pessoas vivem em situação de rua na cidade – Foto: DIOGO SOUZA/NDSegundo Topázio, não existem dados confiáveis sobre quantas pessoas vivem em situação de rua na cidade – Foto: DIOGO SOUZA/ND

Conforme o prefeito, a ação foi pensada em uma visita a São Paulo, há seis meses, para conhecer as boas práticas em relação às pessoas em situação de rua, e o que o executivo municipal poderia trazer para Capital catarinense. “Lá, pudemos constatar que apesar do grande investimento que São Paulo tem, se você não cuidar da situação ela pode fugir do controle. Essa é a nossa preocupação com Florianópolis. Estamos há algum tempo desenvolvendo esse trabalho nessa área, tanto da assistência quanto da segurança pública, e agora esse trabalho será intensificado”, destaca Topázio.

Há 450 pessoas que frequentam serviços oferecidos 3b1f73

O prefeito relata que já há um número definido de pessoas vivendo em situação de rua, justamente por frequentarem os serviços disponíveis pela istração municipal: em média 450 pessoas. No entanto, ele declara que há uma população flutuante que se recusa a aceitar ajuda e os serviços, e são essas pessoas que são o foco do cadastramento. Conforme a prefeitura, 90% da população em situação de rua não são de Florianópolis.

“Será a partir deste cadastramento que vamos conhecer quem são essas pessoas. Vamos fotografar, coletar o nome, ver se têm identidade, de onde são, grau de escolaridade, se têm alguma profissão, se têm doença, se já usaram o nosso serviço ou não. Vamos dar uma ada geral e separar em grupos para entender a situação de cada um que está na rua hoje”, diz o prefeito, que estima uma média de 40 a 60 dias para ter um levantamento definido, que será atualizado constantemente.

Segunda ação envolve a retirada de barracas de espaços públicos z337

A istração municipal também vai intensificar mais uma ação: a retirada de barracas de espaços públicos.

“Todos os dias, a Guarda Municipal a pelos principais pontos onde as pessoas dormem e as acordam. A Comcap realiza o recolhimento de lixos, e a vida continua. Agora, estamos coibindo as barracas, instalando placas na cidade inteira, usando o artigo do Código de Posturas, que proíbe barracas em locais públicos. E, a partir de hoje, já com essas determinações, a Guarda Municipal intensifica o recolhimento de qualquer barraca colocada em local proibido da cidade e o dono pagará uma multa para retirada da barraca”, exemplifica o prefeito.

Assistência 4e1j3t

Através da campanha “Esmolas Não Mudam Vidas, Oportunidades Sim”, a prefeitura quer chamar atenção para as ações que são feitas para as pessoas em situação de rua. Para Topázio, dar esmolas impossibilita a prefeitura de oferecer oportunidades às pessoas, e ainda alimenta a cadeia do tráfico. São ações que envolvem assistência no âmbito da saúde, do acolhimento, da alimentação, de documentações, da educação, da requalificação e até do retorno à cidade de origem.

Pessoas que circulam e dormem nas ruas arão por reconhecimento facial – Foto: DIOGO SOUZA/NDPessoas que circulam e dormem nas ruas arão por reconhecimento facial – Foto: DIOGO SOUZA/ND

“A cidade já oferta serviços em grandes quantidades para as pessoas em fragilidade social ou pessoas em situação de rua. Não é lógico pedir esmolas se a pessoa tem onde se alimentar, tem o a serviços médicos, abrigos. Estimulamos para que as pessoas não deem esmolas para que eles procurem de fato os serviços oferecidos por nós e para que não façam uso indevido, como consumo de álcool e drogas”, destaca o secretário de Assistência Social, Leandro Lima.

Dentre as oportunidades oferecidas pela istração municipal, destaca-se a arela da cidadania, com vagas de acolhimento e alimentação gratuita; o restaurante popular, que oferece três refeições gratuitas por dia; o Instituto de Geração e Oportunidade de Florianópolis, que capacita e insere as pessoas de volta no mercado de trabalho; os Consultórios na Rua, os Centros de Saúde e de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas, que oferecem auxílio médico gratuito.

O prefeito ainda destaca a instalação do Centro de Convivência Dia, mais uma ação para reinserir as pessoas em situação de rua na sociedade.

“É uma grande novidade, uma experiência que trouxemos também de São Paulo. Sabemos que tem pessoas que não querem ir pros abrigos da prefeitura, porque querem morar e dormir na rua. No entanto, nós estamos fazendo um centro de convivência em um espaço próprio para poderem tomar um banho, poderem trocar de roupa, ter assistência médica, cortar o cabelo, procurar uma ocupação ou um emprego, e que saiam da rua, pelo menos durante o dia”, explica Neto.

A prefeitura está ciente que algumas ações podem ser mal vistas por algumas pessoas, mas acredita que as atitudes devem ser feitas.

“Nós oferecemos um bom serviço de assistência, mas também estamos botando ordem na cidade. E estamos conseguindo fazer, com essa visão, um bom equilíbrio. Estamos com a consciência tranquila para ser duro nos controles porque sabemos que oferecemos bons serviços. É diferente de você dizer que não pode ficar em um local, mas não ter um espaço para oferecer, por exemplo”, finaliza o secretário de Segurança e Ordem Pública, Araújo Gomes.

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