Um término é desafiador e quando um relacionamento chega ao fim, é comum enfrentar obstáculos emocionais significativos que podem parecer insuperáveis. No entanto, há esperança e apoio para ajudar a atravessar esse período delicado.
O relacionamento acabou? Veja o que fazer – Foto: Pexels/Reprodução/ND
Nesta matéria, o ND+ mergulha nas perspectivas da psicóloga Vanessa Cardoso em relacionamentos. Além disso, conheça o inspirador caso de alguém que conseguiu superar um término de namoro com sucesso.
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“O primeiro movimento é acolher a dor do final da relação. Então, nesse sentido, chorar, eu até brinco às vezes com meu paciente, às vezes, de até entender que é um luto” explica, Vanessa.
Segundo a terapeuta, no primeiro momento é importante sentir, mesmo que doa em saber que o relacionamento acabou.
“Que vai precisar deixar a pessoa ir para você continuar e seguir. Então, nesse primeiro momento é de certa forma sentir a forma mais saudável é sentir, mesmo que você que tenha terminado, ou você tenha sido deixado”, acrescenta.
Segundo a psicóloga, “para ajudar alguém que quer superar o término de uma relação, é se conectar com a pessoa, com quem ela é, de uma forma muito presente, consistente, por exemplo, se eu gosto de falar uma língua” explica.
Faça coisas que te ajudem 5t112b
“Colocar essas coisas no dia a dia e se lembrar de características pessoais. A partir da ruptura, entender que tem uma vida que acontece e se promover coisas que façam bem no seu dia a dia”, diz Vanessa.
Em termos de técnica terapêutica, Cardoso acredita que é bem interessante voltar para psicoterapia, olhar suas questões, entender qual foi a sua parte que provocou esse fim da relação.
Para Cardoso, o autocuidado e entender que é uma relação que acabou e não a vida que acabou, e cuidar de si para que a vida de certa forma continue é muito importante.
“Acho que também resignificar o que representa uma relação. Colocar que reconstrução da autoestima, na verdade talvez ela nunca existiu”.
Porque segundo a especialista, o que rompe é um vínculo relacional.
“Reconhecer os padrões que se implementa numa relação para a partir desses padrões reconhecer sua parte que precisa crescer e melhorar. Porque normalmente o padrão vem de alguma sintomatologia de algo externo”, conta.
Cardoso acredita que a primeira forma de a pessoa superar uma relação que acabou é não manter contato com o ex.
“Evitar ficar buscando informação, tentar se vincular com a própria vida e abraçar a própria vida“, aconselha.
Na prática: Marcelo conta sobre como é virar a página 365348
Para entender melhor como é um término e as dificuldades da separação, o advogado Marcelo, traçou alguns métodos através da experiência real do fato. Segundo ele, os primeiros meses são bem difíceis.
“Mas recomendo não suprimir nem guardar nenhum sentimento. Chore com vontade e não tente anular ou guardar nada. Como disse Guimarães Rosa ‘Refresca teu coração. Sofre, sofre, depressa, que é para as alegrias novas poderem vir’. É importante se sentir e dar tempo ao tempo sem se privar da dor e do choro”, abre o coração.
Segundo o advogado, “pode parecer paradoxal, mas sofrer intensamente no início sem buscar reprimir a dor é o primeiro o para ter dias mais tranquilos na sequência. Realmente é importante pôr para fora o que te machuca para resignificar em seguida tudo o que foi com mais racionalidade”.
Cuide de você 3l5510
Para Marcelo, também é importante não esquecer de se alimentar bem e fazer exercícios físicos.
“Não podemos esquecer de praticar autocuidado ainda mais num momento que estamos abraçando a própria fragilidade. Mesmo que o sentimento de perda e o de tristeza te travem no início é importante assim que for possível lembrar que você ainda existe e precisa se proteger”, aconselha.
O advogado acredita que é preciso cuidar da própria saúde física, para acelerar a recuperação mental.
“Entenda que faz parte do processo dar colo a si. E dar colo a si significa cuidar da própria saúde física para acelerar a recuperação mental. Afinal corpo e mente não são coisas separadas”, explica.
Atividades para manter a mente e o corpo ocupados após o término 274uj
De acordo com Marcelo, ado o sofrimento inicial (que é o mais difícil de lidar).
“Terás um bom momento para buscar novas descobertas. Fazer aquele curso que te interessa, tirar do papel aquela viagem que há muito pretendias fazer, iniciar um novo esporte, yôga ou mesmo buscar novos grupos sociais para se relacionar após o término”, explica.
Apoio social, seja de amigos, familiares ou grupos de apoio, para compartilhar suas emoções e experiências 6l1m59
Ao ser perguntado sobre a questão da rede de apoios, Marcelo revela e aconselha de forma sincera e profunda.
“Meu momento não é muito de busca por apoio social. Ainda sigo mais introspectivo. Mas sei que é um próximo o importante no processo de superação.
Para o advogado muitas pessoas encontram uma valiosa ajuda na terapia para superar o fim de uma situação e para elaborar e lidar com os próprios sentimentos.
Ele afirma que “sem dúvidas a terapia é um aliado importante para o autoconhecimento e para sermos mais livres para viver plenamente”.
“Pretendo buscar num período próximo a ajuda de um profissional para lidar com essas e outras questões. Todos deveriam fazer isso”, completa.
Lições valiosas aprendidas com o término e as aplicações para o crescimento pessoal 3x5u62
Marcelo reitera que o tempo é o melhor remédio para superar qualquer processo de luto quando o relacionamento acabou. “Dê tempo ao tempo. O aprendizado depende dos esforços próprios para elaborar, repensar e resignificar tudo”, diz.
“Bom é ter humildade para reconhecer suas falhas e defeitos que contribuíram pro fim de uma relação”, mas o advogado também faz um alerta, “cuidado para não se culpar ou culpar o outro. É irresistível culpar alguém, mas, ao mesmo tempo isso te impede de enxergar a relação em sua totalidade (com todos os fatores que a cercam)”.
“Independentemente do relacionamento é importante lembrar que ele se constrói a dois. Ambos têm participação no seu começo, no seu desenvolvimento e no seu fim”, diz.
Para ele, assim que superada a ionalidade e a dependência emocional que surge quando de uma hora para outra a pessoa se vê sozinha de novo. “Você mesmo será capaz de tirar as próprias lições do que ou”, garante.
“Os encontros e desencontros fazem parte da vida. Compartilhar teu tempo com alguém tem seu ouro e mesmo depois que esse momento termine tu jamais serás o mesmo de novo. Isso é o melhor que fica”, conta o advogado.
As pessoas são muito diferentes e nós tendemos a medir o outro por nossa régua pessoal, mas para Marcelo não funciona assim, “cada qual vive e sente as coisas do seu modo”.
“E nesse choque entre mundos distintos aprendemos muitos sobre a gente e sobre as pessoas. Não vale a pena se privar disso por medo de sofrer de novo. Cada experiência é única e vale a pena ser vivida de diversas formas em diversos momentos”, finaliza.
