Extraterrestres, espíritos e desespero: entenda como acontece a paralisia do sono 154r6q

Fenômeno, muitas vezes interpretado como sobrenatural, acontece na vida de aproximadamente 10% da população 2q715s

“Eu acordava e gritava muito, chorava e tinha até vontade de pular da janela”. O relato de Camila parece assustador, mas essa situação não é rara. Imagine acordar e sentir que está paralisado, incapaz de se mover e vendo ‘vultos’ do seu lado.

Esse fenômeno, muitas vezes interpretado como sobrenatural, é a paralisia do sono e acontece na vida de aproximadamente 10% da população.

Paralisia do sono atinge 10% da população isoladamente – Foto: Pixabay/ reprodução NDParalisia do sono atinge 10% da população isoladamente – Foto: Pixabay/ reprodução ND

De acordo com Pablo Mortz, especialista em medicina do sono, a paralisia ocorre, pois durante o sono nosso cérebro desliga algumas funções motoras. “O que acontece é que a pessoa desperta do sono, mas o corpo permanece paralisado”, explica. Ou seja, é como se o cérebro “acordasse” antes do corpo.

O sono REM, segundo o especialista, é o sono dos movimentos oculares, com durabilidade de 20% a 25% da noite e onde, geralmente, ocorrem os episódios de paralisia. Embora seja uma experiência desconfortável, a sensação dura apenas alguns minutos.

Estresse e sono tem relação? 6y2t10

Comecei a ter paralisia no meio da pandemia. Acredito que tenha sido por questões emocionais, pois nessa época fiquei muito depressiva e ansiosa. Isso acabou mexendo muito comigo” conta Camila, que ou pelos episódios de paralisia quatro vezes.

Stefanie também é um retrato de alguém que sofre com a paralisia. “Eu me considero muito ansiosa, então consigo enxergar um padrão de comportamento que acaba sendo favorável para os episódios de paralisia. Inclusive, o período em que eu mais sofri com isso foi justamente quando estava ando por problemas familiares”.

Para o especialista, a relação é clara: acredita-se que o estresse pode contribuir para as crises. “Elas [situações estressantes e causam ansiedade] provocam um sono mais instável, com mais interrupções, e consequentemente isso aumenta a chance de ocorrerem os episódios”.

No entanto, quando ocorre esporadicamente, a paralisia do sono não indica relação com nenhuma doença grave. Mas, em casos frequentes, o distúrbio pode ser sinal de outras doenças, como a narcolepsia — que se caracteriza pela sonolência excessiva e incontrolável durante o dia.

 Extraterrestres e espíritos: entenda o que causa as alucinações 316p

O sono REM, período em que geralmente ocorre a paralisia, é marcado por intensa atividade cerebral – Foto: Pxabay/Divulgação/NDO sono REM, período em que geralmente ocorre a paralisia, é marcado por intensa atividade cerebral – Foto: Pxabay/Divulgação/ND

Há quem diga que vê extraterrestres ou mesmos espíritos durante os episódios. As visões dão brechas para diversas crenças. Como a lenda Pisadeira, por exemplo, onde uma mulher pisa sobre o peito de quem está dormindo, enquanto a pessoa pode ver tudo ao seu redor, mas permanece paralisada pelo peso.

Muitas vezes, esses sonhos são interpretados das mais variadas formas, no entanto, o médico tranquiliza: “a paralisia do sono pode vir acompanhada de alucinações, mas são apenas sonhos”.

O sono REM, período em que geralmente ocorre a paralisia, é marcado por intensa atividade cerebral, com sonhos e pesadelos. Por isso Pablo explica que “são só componentes dos sonhos que podem estar presentes junto a paralisia, no momento que a pessoa desperta e já tem consciência”, conclui.

Muito além de descansar 1ow3t

Mais do que descansar, o sono é responsável pela manutenção cerebral, anti oxidação e remoção dos radicais livres produzidos durante o dia. Ele auxilia também na manutenção do aprendizado, fixação da memória e resolução de questões emocionais.

“Ele é crucial para que a gente tenha um envelhecimento bem-sucedido”, explica Mortz. “É importante para a saúde emocional e para uma atividade cognitiva adequada: memória, concentração, atenção, capacidade de resolver problemas, tudo isso depende do sono”, acrescenta.

Além de ser fundamental para realização das atividades diárias, um sono de qualidade também evita doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

Por isso, é importante ficar atento à qualidade do sono e ao que pode interferir. “Excesso de exposição à luz azul à noite, emitida pelas telas dos eletrônicos, como as lâmpadas de LED, televisão, celular e computadores. As pessoas estão dormindo cada vez menos, muito menos do que deveriam. A gente tem as pessoas aumentando de peso e tendo uma incidência cada vez maior de apneia do sono”, comenta.

O consumo excessivo de cafeína, nicotina e substâncias estimulantes também prejudicam o sono de qualidade e consequentemente o envelhecimento saudável.

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