‘Quero bater o meu recorde’, diz Wesley Ouriques, paratleta e recordista de Blumenau oxj

O jovem superou os obstáculos e recentemente recebeu uma medalha de ouro em São Paulo d3a6n

Blumenau tem vitórias no paradesporto – no pódio e na vida. Wesley Henrique Ouriques conquistou o recorde nacional de paratletismo com a distância de 19,15 m. Ele e mais quatro paratletas do município são medalhistas das Paralimpíadas Universitárias em São Paulo.

O jovem conta sobre sua história com o esporte e de superação, após ficar tetraplégico em acidente; confira na reportagem deste sábado (25), feita em menção ao Dia Nacional do Paratleta – comemorado no dia 22 de setembro. Ah, tem entrevista com o Wesley em formato de “podcast” para você ouvir também.

O paratleta Wesley Henrique Ouriques ganhou medalha de ouro em competição  – Foto: Arquivo pessoalO paratleta Wesley Henrique Ouriques ganhou medalha de ouro em competição  – Foto: Arquivo pessoal

Wesley tem 21 anos e muitos sonhos pela frente. Atualmente ele é medalhista de ouro e recordista nacional no lançamento de club pela classe F51. O blumenauense venceu as provas da Paralimpíadas Universitárias em São Paulo, ocorridas entre 16 e 19 de setembro. “Quero bater o meu recorde, mas sei que tenho muito a evoluir para chegar entre os melhores do mundo. E também quero conquistar o índice para ir ao Parapan no Chile, e se Deus quiser, na Paralimpíada em Paris 2024″, declara o jovem.

Em 2017 o paratleta sofreu um grave acidente de carro, onde dormiu no volante e bateu com o veículo em um poste. Com a intensidade da batida Wesley fraturou a cervical, quebrou o pescoço e ficou tetraplégico. “Foram vários dias difíceis; três meses sem falar devido à entubação; e seis meses acamado”, relembra o blumenauense sobre os desafios após o acidente.

Ele conheceu o paratletismo nesta época, há quatro anos, e recebeu apoio de diversas pessoas para treinar. “Eu tinha um professor no futsal que me ajudou a criar uma “vaquinha” pra comprar minha cadeira de rodas, foi onde uma das coordenadoras do Paradesporto de Blumenau viu e entrou em contato. Ela me fez uma visita, mas comecei a treinar mesmo em 2019”, relata. Antes de praticar, Ouriques ou por um processo de reabilitação no Hospital Sarah, em Brasília.

O jovem ao lado da mãe, Sabrina - Arquivo Pessoal
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O jovem ao lado da mãe, Sabrina - Arquivo Pessoal
O paratleta começou a competir a partir de 2019 - Arquivo pessoal
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O paratleta começou a competir a partir de 2019 - Arquivo pessoal
Wesley e a técnica Andressa - Arquivo pessoal
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Wesley e a técnica Andressa - Arquivo pessoal
Hora do treino - Arquivo pessoal
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Hora do treino - Arquivo pessoal

Superação 3q643w

“No início foi difícil pelo fato da minha lesão ser muito alta, era difícil me encaixar em alguma modalidade, treinava desanimado e só ia pra me ocupar, depois que conheci o lançamento de club, prossegui em constante evolução. Larguei tudo pra focar 100% naquilo e hoje temos bons resultados”, diz Wesley. Inclusive, ele fez os agradecimentos pelo apoio que recebeu.

“Faço questão de lembrar das pessoas que me levaram até onde estou hoje. Primeiramente Deus – pois na vida tudo acontece por algum motivo/propósito -; depois minha mãe, Sabrina Prebianca Zoschke, que cuida de mim e me auxilia 24 horas por dia; e também meus técnicos Andressa Krueger e Elton Júnior, preparador físico”.

Wesley com o preparador físico, Elton Júnior – Vídeo: Arquivo pessoal

Ouça a entrevista completa com Wesley em formato de “podcast” no áudio abaixo: 226n4s

Paralimpíadas Universitárias em São Paulo 3n1wq

Cinco paratletas de Blumenau do Programa Paradesporto, incluindo Wesley, participaram das Paralimpíadas Universitárias em São Paulo. O objetivo da competição é estimular a participação dos estudantes universitários com deficiência física, visual e intelectual em atividades esportivas de todas as IES (Instituições de Ensino Superior) do Brasil.

“A gente já tinha como meta bater o recorde brasileiro pois estávamos treinando forte para isso. Foram vários dias estudando os movimentos e pesquisando para ver o quão melhor me encaixava, pois esse material que a gente usa para lançar vai muito além da dificuldade de cada atleta. A pegada muda de um lado para o outro, mas graças a Deus conseguimos nos adaptar.

Momento da competição nas Paralimpíadas Universitária em São Paulo – Vídeo: Arquivo pessoal

As modalidades apresentadas pelos paratletas de Blumenau foram: Paratletismo, Bocha e Tênis de Mesa Paralímpico.Ao total foram sete medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze, além de dois troféus.

Segue abaixo os resultados:

Ouro

  • Lançamento de Club – Wesley Henrique Ouriques
  • Lançamento de Dardo – Dayane Paes Muniz
  • Lançamento de Disco – Dayane Paes Muniz
  • Arremesso de Peso – Dayane Paes Muniz
  • Tênis de Mesa (Individual) – Alex Sandro Pereira
  • Tênis de Mesa (Dupla Mista) – Alex Sandro Pereira
  • Bocha Paralímpica – Alexsandro Nicoletti

Prata

  • Tênis de Mesa (Equipe Mista) – Alex Sandro Pereira
  • Salto em Distância – Marques Bruno da Silva

Bronze

  • 100 m rasos – Marques Bruno da Silva

Troféus

  • Bocha Paralímpica (2º Lugar Geral) – Alexsandro Nicoletti
  • Tênis de Mesa (3º Lugar Geral)- Alex Sandro Pereira
Medalhistas das Paralimpíadas Universitárias representaram Blumenau em São Paulo – Foto: divulgação/Secom BlumenauMedalhistas das Paralimpíadas Universitárias representaram Blumenau em São Paulo – Foto: divulgação/Secom Blumenau

Programa Paradesporto de Blumenau e nova diretoria 93414

O Programa Paradesporto de Blumenau faz parte da Semed (Secretaria Municipal de Educação) e da Apesblu (Associação do Paradesporto de Blumenau). Com o início em 2011, o programa teve a adesão de 17 participantes. Atualmente ele conta com mais de 500 paratletas e 44 pólos, além de 750 atendimentos semanais.

O projeto tem o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro e de parceiros da iniciativa privada. A nova diretora de Desenvolvimento do Paradesporto da Semed, Beatriz Zipf, assumiu o cargo na metade de agosto deste ano.

“É uma grande responsabilidade assumir um programa tão sério e de tanto sucesso no município de Blumenau. A Giselle Chirolli (idealizadora do projeto e ex-diretora quase dez anos) foi e é uma grande gestora, então ocupar o cargo que antes era ocupado por ela é um grande desafio”, declara.

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