Os medalhistas paralímpicos Petrúcio Ferreira, do atletismo, e Evelyn Oliveira, da bocha, serão os porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, na próxima terça-feira (24), às 20h, no Japão.

Além deles, a técnica da classe BC4 da bocha e staff da atleta Evelyn Oliveira, Ana Carolina Alves, e o diretor técnico do B (Comitê Paralímpico Brasileiro), Alberto Martins, também estarão no desfile pela delegação brasileira.
Os porta-bandeiras conquistaram medalhas de ouro no Rio 2016 e atuam em duas das modalidades que mais subiram ao pódio pelo Brasil na história dos Jogos Paralímpicos.
Petrúcio Ferreira é velocista da classe T47, para amputados de braço, e acumula conquistas como, por exemplo, dois ouros no Parapan de Toronto, em 2015, nos 100 e 200 metros. Além disso, se sagrou campeão nos 100 metros, prata nos 400 metros e no revezamento 4×100 metros no Rio 2016.
Além disso, ele é considerado o atleta paralímpico mais rápido do mundo, com a marca de 10s42 que registrou na semifinal dos 100 metros do mundial de atletismo, em Dubai 2019.
“Na minha segunda edição de Jogos e já ter essa honra. Fica difícil descrever do tamanho da alegria, representar toda uma nação, todos os atletas, e todo o Movimento Paralímpico e para as pessoas com deficiência”, destaca Petrúcio Ferreira.
Evelyn Oliveira tem no seu currículo a conquista da medalha de ouro nos pares da Copa América 2015, em Montreal, no individual e nos pares nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.
A sua estreia paralímpica aconteceu nos jogos do Rio de Janeiro, onde garantiu mais uma medalha de ouro para o Brasil na modalidade duplas mistas na classe BC3, ao lado de Evani Soares e Antonio Leme.
“Para mim, uma honra muito grande poder representar todos os atletas. Estava no jantar quando fui chamada para receber o convite. Na hora, até pensei que tinha cometido algum erro. Não esperava participar sequer da abertura dos Jogos”, completa a atleta da classe BC3 da bocha.
Diagnosticada com atrofia muscula espinhal, doença congênita que a fez perder os movimentos dos membros inferiores e ter limitação de força nos superiores, Evelyn Oliveira destaca a importância de ser porta-bandeiras para a sua modalidade.
“É uma conquista muito grande. A bocha tem conquistado um espaço muito grande e eu acredito que seja mérito de todos os atletas. Eu serei a porta-bandeira, mas estarei representando uma grande classe de atletas que contam com nomes que abriram caminho para a gente, como Dirceu, Eliseu, e Maciel”, finalizou.
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O Brasil contará com 260 atleta, incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiros. Deste total, são 164 homens e 96 mulheres, além da comissão técnica, médica e istrativa, totalizando 434 pessoas.
Em seu Planejamento Estratégico, o B estabeleceu como meta se manter entre as dez principais potências do planeta nos Jogos Paralímpicos.