Mais uma cena envolvendo serpentes surpreendeu até o homem das cobras, o biólogo Henrique Abrahão, especialista em serpentes. Ele comentou toda a cena que mostra a cobra rei dando vários botes em bombeiros que avam por treinamento.

Trata-se de uma serpente rei, narra o biólogo. “Se liga no bote. Mas calma, é um experimento controlado. Eles são bombeiros.”
Henrique Abrahão explica que as serpentes realmente têm dificuldade de enxergar. “Elas enxergam vulto. E os bombeiros estão se utilizando disso. Quando um cara coloca a perna atrás do outro a serpente vai focar na perna que está se mexendo e não na perna que está parada”, ensina.
Ela ataca, na verdade, quem se mexe. “É uma cobra-rei gigantesca”, ira-se Henrique Abrahão.
Serpentes também não escutam. “A pergunta que fica é ‘você teria coragem de participar desse tipo de treinamento”, questiona o biólogo.
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É preciso coragem. Foi um treinamento – Vídeo: Internet/Divulgação biologohenrique/Divulgação/ND
Sobre a cobra-rei 2g1d7
Ophiophagus hannah. A serpente possui veneno e atinge cerca de 4,25 metros de comprimento. Seus movimentos na cabeça se assemelham aos das Najas, formando um capelo quando ameaçadas.
Segundo os biólogos Selvino Neckel e Anderson Rosa, todos os indivíduos registrados no Brasil são resultado de tráfico de animais silvestres ou foram para zoológicos.
De fato, eles explicam que a Ophiophagus hannah foi encontrada pela primeira vez na Índia, em 1836. Elas também existem em países como China, Tailândia, Indonésia e outros locais do sudoeste asiático. Estes animais vivem em florestas tropicais do continente, em bambuzais e áreas abertas.
As cobras desta espécie são marrons ou preto amarronzado e se alimentam, segundo os especialistas, de aves ou mesmo de outras cobras. A IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) classifica esses animais como ameaçados de extinção.