O mistério da causa da morte de centenas de elefantes em Botswana, na África, em junho deste ano, foi resolvido nesta terça-feira (22). Cerca de 300 elefantes foram encontrados mortos em um parque nacional e as especulações sobre a causa variaram de caça furtiva a envenenamento. As informações são da agência ABC News.

No relatório divulgado pelo governo do país, a causa aponta para uma proliferação de cianobactérias tóxicas, que produzem uma neurotoxina. De acordo com Mmadi Reuben, veterinário principal do departamento de vida selvagem e parques nacionais de Botswana, o fenômeno teria acontecido devido a mudanças climáticas.
“A mudança climática e o efeito do aquecimento global na região estão aumentando a intensidade e a gravidade da proliferação de algas nocivas, o que torna esse problema ainda mais provável de acontecer novamente”, disse o cofundador da organização de caridade do Reino Unido National Park Rescue, Dr. Niall McCann.
A maioria das carcaças foram encontradas agrupadas em torno de fontes de água perto do Delta do Okavango. Alguns animais chegaram a ser vistos andando vertiginosamente em círculos antes de morrer repentinamente.
“Uma hipótese é de que como os elefantes sugam água com seus troncos por baixo, é mais provável que bebam de níveis mais profundos nos poços, perto do lodo onde as toxinas anaeróbias estão contidas”, explicou o relatório.
Embora não haja indicações oficiais de que as mortes de elefantes em Botswana possam estar relacionadas às mortes ainda não resolvidas de outros animais da mesma espécie perto de Hwange, um parque nacional em Zimbábue, McCann acredita que um denominador comum é a mudança climática.
Botswana é o lar de cerca de 130 mil elefantes, a maior população de elefantes do mundo.