Um registro raro capturou um impressionante espetáculo da natureza: não uma, mas duas sucuris gigantes foram avistadas juntas na Ilha do rio Formoso. A descoberta é surpreendente, uma vez que é difícil encontrar duas sucuris fêmeas compartilhando o mesmo espaço.

O biólogo especialista em cobras, Henrique, lançou luz sobre esse notável encontro e descreveu o momento como “verdadeiramente excepcional”. Segundo ele, o evento é notável não apenas pela presença de duas sucuris fêmeas, mas também pelo fascinante fenômeno do dimorfismo sexual que essas serpentes apresentam.
Diferentemente de muitos animais, onde os machos são frequentemente maiores, no caso das sucuris (Eunectes murinus), o dimorfismo sexual é invertido.
Henrique explica que as fêmeas são duas vezes maiores que os machos quando atingem a maturidade sexual. Esse aumento de tamanho nas fêmeas é crucial para a reprodução, uma vez que quanto maiores forem, mais filhotes poderão gerar.
“Sucuris são verdadeiros exemplos de dimorfismo sexual exagerado”, diz Henrique. “O macho não atinge as mesmas proporções impressionantes que a fêmea”.
A observação das duas sucuris fêmeas lado a lado é uma visão rara, pois essas cobras tendem a ser solitárias e muitas vezes canibais. Elas são predadoras vorazes, caçando outras serpentes da mesma espécie e até mesmo de diferentes espécies.
O comportamento canibal é evidência de sua posição no topo da cadeia alimentar. No entanto, essa coexistência entre duas fêmeas só é comum durante o período reprodutivo.
Fora desse período, a presença de um macho próximo pode resultar em perigo para ele. A sucuri fêmea é conhecida por ser seletiva quanto ao parceiro, decidindo com qual macho ela irá se reproduzir.
Veja a explicação: 706b2x
Sobre as sucuris fêmeas 61mk
As sucuris fêmeas são répteis impressionantes que habitam as regiões tropicais da América do Sul. Também conhecidas como anacondas-verdes, são as maiores serpentes do continente e estão entre as maiores do mundo. Seu tamanho e comportamento únicos as tornam figuras intrigantes no reino animal.
Características Físicas: As sucuris fêmeas são notáveis pelo seu dimorfismo sexual, onde as fêmeas são consideravelmente maiores que os machos.
Enquanto os machos atingem cerca de 2,7 a 3,7 metros de comprimento e têm um peso médio de 30 a 70 kg, as fêmeas podem alcançar impressionantes 4,5 a 6 metros de comprimento e pesar mais de 100 kg. Esse tamanho imponente é uma adaptação evolutiva que confere às fêmeas uma vantagem reprodutiva significativa.
Comportamento Reprodutivo: O tamanho das sucuris fêmeas desempenha um papel fundamental em seu comportamento reprodutivo. Quanto maior a fêmea, maior a quantidade de filhotes que ela pode carregar e dar à luz.

Durante o período reprodutivo, as sucuris fêmeas emitem feromônios que atraem os machos. No entanto, a escolha do parceiro é criteriosa, e a fêmea decide com qual macho ela irá acasalar.
Após a fertilização interna, as sucuris fêmeas am por um período de gestação que pode durar cerca de 6 a 7 meses.
Durante esse tempo, elas carregam os ovos fertilizados dentro do corpo, em uma condição conhecida como ovoviviparidade. As sucuris podem dar à luz de 20 a 40 filhotes, que nascem totalmente formados e independentes.
As sucuris fêmeas são predadoras formidáveis, alimentando-se principalmente de mamíferos, aves e peixes.
Elas são capazes de caçar presas de tamanho considerável, graças à sua força, habilidades de estrangulamento e flexibilidade. Uma sucuri fêmea é capaz de subjugar uma presa envolvendo-a em suas poderosas bobinas e apertando até que a presa fique incapaz de respirar.
Apesar de sua natureza solitária, pode-se ocasionalmente encontrar sucuris fêmeas compartilhando territórios durante o período reprodutivo. No entanto, fora dessa época, essas serpentes tendem a ser territorialistas e preferem ficar sozinhas.
As sucuris fêmeas desempenham um papel importante nos ecossistemas aquáticos e terrestres onde vivem. Como predadoras no topo da cadeia alimentar, ajudam a controlar as populações de suas presas, contribuindo para o equilíbrio do ecossistema.
Sua presença também pode afetar a dinâmica de outras espécies, moldando indiretamente a estrutura das comunidades animais em seus habitats.
As sucuris fêmeas, com seu tamanho impressionante, comportamento reprodutivo complexo e papel vital nos ecossistemas, continuam a intrigar cientistas e entusiastas da vida selvagem.