Apesar dos benefícios, ter um cachorro de estimação pode ser perigoso quando o tutor não sabe identificar os sinais de que o animal está estressado. Ainda nesta semana (22), uma influenciadora de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, divulgou um vídeo sendo atacada por seu buldogue inglês.

Em entrevista ao ND Mais, o educador de animais André Bressan explicou que algum movimento feito com os braços, no caso da influenciadora Élida Feltrin, pode ter atiçado o instinto de caça do cão.
“Durante a brincadeira, os braços foram agitados de maneira inadequada, com movimentos de presa, balançando os braços para cima, se movimentando”, explicou o profissional.
Ainda de acordo com ele, os movimentos da influenciadora são muito parecidos com o que os figurantes fazem com os cães de guarda, aqueles que são treinados para atacar.
Como identificar se o animal vai atacar? 3q6k3g
O educador de cães explicou que, em casos assim, existem vários aspectos que devem ser analisados, como a relação entre o animal e o tutor, qual o nível de agressividade, se há histórico de agressividade e se os pets são castrados.

“Me parece que, em determinado momento, ele toma a frente da fêmea meio que para proteger o espaço, e talvez a tutora não entendeu, e achou que era um momento de brincadeira, o que pode ter instigado ainda mais o animal”, explicou.
Porém, o profissional destaca que não é possível afirmar com certeza, pois ele não possui o histórico do animal, somado ao fato de que o vídeo é muito curto, então não mostra o contexto completo do ataque. “Não vi nenhum brinquedo ou comida por perto, então acho que não foi uma agressividade por posse, e sim relacionada ao instinto de caça”.
Como acalmar o animal 6v215o
Para Bressan, controlar uma situação do tipo é realmente muito complicado, mas existem algumas alternativas para tentar se proteger.
A primeira dica é procurar um ponto de fuga seguro, como um local alto, dentro de um estabelecimento onde é possível fechar a porta.
Quando uma outra pessoa presencia o ataque, há uma chance maior da vítima se desvencilhar do animal. “A melhor técnica é arrastar o cachorro pelas pernas de trás, pois assim dá tempo da pessoa que está sendo atacada fugir”, disse André.
Já quando a vítima está sozinha, fugir da mordida se torna mais complicado, principalmente quando ela não tem força para domar o cão. Conforme o educador, a pessoa pode correr risco de morte.
Por fim, Bressan explicou um ataque nem sempre é culpa do animal, e isso não significa que ele é mau. “O melhor é avaliar o animal, procurar um profissional adequado, seja um médico veterinário, adestrador ou especialista em comportamento. Assim é possível identificar o que leva ele a ter esse ato, e assim tratá-lo”, concluiu.
Influenciadora é atacada por cão 1o5t7
Veja o momento do ataque – Vídeo: @elidafeltrin/Reprodução/ND