A equipe da R3 Animal devolveu ao mar mais um grupo de pinguins-de-Magalhães nesta quarta-feira (27), na Praia do Moçambique, em Florianópolis. Esse é o segundo grupo, agora com 13 pinguins, que foi solto em praias de Santa Catarina durante a temporada. O primeiro, que também tinha 13 pinguins, foi solto em setembro.
Pinguins-de-Magalhães foram soltos na Praia do Moçambique – Foto: Nilson Coelho/R3 Animal/Divulgação/NDDo grupo, quatro aves foram resgatadas nas praias de Santa Catarina pela R3 Animal, e cinco foram atendidas pela equipe do PMP-BS (Projeto de Monitoramento de Praias da Baía de Santos) junto à Univali/Penha.
Todos eles foram reabilitados no CePRAM (Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos).
Os quatro pinguins restantes foram resgatados nas praias do Paraná e reabilitados pela equipe do PMP-BS junto à UFPR (Universidade Federal do Paraná).
Soltura foi feita pela equipe da R3 Animal – Foto: Nilson Coelho/R3 Animal/Divulgação/ND“Os animais do Paraná foram encaminhados para o CePRAM pois os pinguins são animais gregários, que vivem em bandos, e buscamos formar grupos de no mínimo 10 indivíduos”, explica a presidente da R3 Animal e coordenadora do PMP/BS/Florianópolis, Cristiane Kolesnikovas.
Pinguins foram resgatados em praias de Santa Catarina e do Paraná – Foto: Nilson Coelho/R3 Animal/Divulgação/NDAs ações de resgate e reabilitação feitas pela PMP-BS são desenvolvidas para o o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos.
Migração anual 4d2s3r
Os pinguins-de-Magalhães chegam anualmente no litoral de Santa Catarina em meados do outono. Eles saem de colônias reprodutivas na Patagônia/Agentina, na Península de Valdés, e seguem os cardumes, aproveitando as correntes de água fria.
Pinguins de volta ao seu habitat natural – Foto: Nilson Coelho/R3 Animal/Divulgação/NDA temporada desses animais dura até outubro, quando eles iniciam o retorno para as colônias de onde vieram. A maioria nada em grupo mar adentro. Aqueles que encalham nas praias são animais juvenis, que estão no primeiro ano de vida e na primeira jornada de migração.
Sem experiência, alguns animais têm dificuldade em se alimentar, e se perdem dos bandos, ficando debilitados, e encalhando nas praias. Muitos interagem com petrechos de pesca. Mesmo não sendo alvo da pesca, são capturados incidentalmente, o que pode levar as aves a morte.
Por isso a R3 Animal orienta que, caso aviste um mamífero, ave ou tartaruga marinha debilitada ou morta na praia, deve-se ligar para o número 0800 642 3341, das 7h às 17h.
