Nesta quinta-feira (16), mais 13 pinguins foram soltos na Praia do Moçambique, em Florianópolis, pelo Projeto de Monitoramento de Praias Bacia de Santos, através do trabalho da R3 Animal. Destes, seis pinguins foram resgatados nas praias da Capital, enquanto o resto foi trazidos de de outras regiões.
Os animais, que são da espécie pinguim-de-magalhães, estavam em tratamento veterinário após o resgate e, agora, após recuperação, puderam retornar ao habitat natural.
As aves foram reabilitadas no Cepram (Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos), da R3, localizada no Parque Estadual do Rio Vermelho, uma unidade de conservação istrada pelo IMA (Instituto do Meio Ambiente de SC), em parceria com a Polícia Militar Ambiental.
Só em 2021, 3.393 pinguins foram encontrados no litoral brasileiro. Santa Catarina é o estado com maior incidência, com 2.421 pinguins encontrados.
Em Florianópolis, até o dia 10 de setembro, 1.325 pinguins foram registrados, mas apenas 164 estavam vivos no momento do resgate. Agosto foi o mês com a maioria das ocorrências, 1.023 pinguins. Em 2020, a cidade teve 800 pinguins registrados.
Tratamento 1k701j
Os veterinários e demais profissionais envolvidos na recuperação deste animais explicam que, na maioria dos casos, eles são resgatados debilitados, machucados e exaustos, o que demanda um tratamento mais longo.
No início do tratamento são hidratados, recebem papa de peixe (até que voltem a se alimentar com peixe inteiro), treinem o nado e impermeabilizem as penas.
A veterinária Cristiane Kolesnikovas, coordenadora do PMP-BS/Florianópolis e presidente da R3 Animal, explica que a maior parte dos pinguins que encalham são juvenis, no primeiro ciclo migratório, e chegam bastante debilitados.
“Os animais chegam muito magros, desidratados, hipotérmicos e parasitados. Por isso a reabilitação é tão difícil e demorada”, afirma.
Vale ressaltar que a sociedade também pode atuar na ajuda destes bichos, acionando as equipes ao avistar um animal marinho vivo ou morto, pelo telefone 0800 642-3341, das 7h às 17h.