Estado livre de febre aftosa, a grife catarinense da carne para o mundo 2m296k

Cerimônia realizada na Alesc homenageou entidades e profissionais envolvidos na certificação conquistada há 15 anos e que fez com que as exportações chegassem hoje a quase 30% do PIB t3a5u

Em 2006, as exportações anuais de carnes em Santa Catarina eram de aproximadamente US$ 300 milhões. Hoje, ultraam US$ 5 bilhões, o que equivale a 30% do PIB de Santa Catarina. Isso é resultado de 15 anos de certificação do Estado como área livre de febre aftosa sem vacinação de rebanhos, reconhecida pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal).

Alesc homenageou entidades e personalidades em comemoração aos 15 anos de certificação do estado como área livre de febre aftosa sem vacinação – Foto: Bruno Collaço/Agência AL/NDAlesc homenageou entidades e personalidades em comemoração aos 15 anos de certificação do estado como área livre de febre aftosa sem vacinação – Foto: Bruno Collaço/Agência AL/ND

Para celebrar esse feito, instituições e personalidades que tiveram participação direta no processo de reconhecimento do status sanitário foram homenageadas na noite desta quarta-feira (25), na Assembleia Legislativa.

São 15 anos do certificado, mas dez anos antes da certificação já havia sido retirada a vacina e feito monitoramento para alcançar o reconhecimento. Esse certificado habilita alguns mercados denominados , que se utilizam de critérios diferenciados. Por exemplo, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, que do Brasil só importam carne suína catarinense. E mais recentemente, o Canadá.

Para o governador Carlos Moisés, essa certificação fez o Estado ter um status internacional que equilibrou sua balança comercial e o agronegócio ser forte na produção de proteína animal, exportando para o Brasil e o mundo. No entanto, ressalta que é preciso se manter vigilante.

“Entendemos que os cuidados têm que ser dobrados. Temos que controlar severamente os animais que entram e saem do nosso Estado para que a gente não tenha prejuízo nesse status internacional”, frisou. Moisés destaca que a certificação ajuda a levar mais longe o trabalho de excelência dos produtores, técnicos e demais envolvidos com o agronegócio.

Trabalho dede ser contínuo 2k526j

O presidente do Icasa (Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária), Osvaldo Miotto Junior, disse ser um orgulho comemorar os 15 anos de certificação, porém observa que a responsabilidade é ainda maior. “Tem muita coisa por ser feita, mas a gente tem uma grande honra em receber esse legado”, comentou.

Icasa foi também uma das entidades homenageadas na Alesc – Foto: Bruno Collaço/Agência AL/NDIcasa foi também uma das entidades homenageadas na Alesc – Foto: Bruno Collaço/Agência AL/ND

Segundo Miotto, o status obtido pelo agronegócio catarinense, que o qualifica a atender centenas de mercados na área de suinocultura, é reflexo do trabalho na busca da excelência. “Estamos, neste momento, com praticamente 100 pessoas sendo treinadas nas mais modernas formas de conversar com o produtor e outros membros da sociedade, para garantir a manutenção desse status”, pontuou.

“Recebi uma herança dos nossos antecessores, que fizeram um trabalho brilhante para ser o primeiro Estado do Brasil comesse status. Hoje, em 2022, parece fácil, mas quando a gente olha para trás vê que o trabalho que foi feito a muitas mãos, das nossas entidades públicas, do setor privado, cooperativas. Fundamentalmente, nossos produtores entenderam a responsabilidade que isso significa”, afirmou o presidente do Sindicarne (Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados de SC), José Antônio Ribas Júnior.

Sindicarne foi homenageado na solenidade na Alesc – Foto: Bruno Collaço/Agência AL/NDSindicarne foi homenageado na solenidade na Alesc – Foto: Bruno Collaço/Agência AL/ND

Ribas Júnior ressaltou que o trabalho deve ser contínuo. “Costumo dizer que custo machuca, sanidade mata. O custo machuca, sangra, estamos num momento de muita inflação de custos, todo mundo está sentindo, uma sanidade nos exclui de mercado, então se não tivermos cuidado de continuar seriamente o trabalho, perdemos o jogo e a gente tem feito um trabalho sério em Santa Catarina”, avaliou.

Rastreabilidade individual 563c2o

Um dos pontos para manter a sanidade dos animais em Santa Catarina é a rastreabilidade individual, inexistente em outros Estados. O bovino, que é o que pode transmitir a doença, usa um brinco de identificação com chip. Com isso, a equipe da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola) consegue monitorar o animal do nascimento até o abate.

Ricardo Miotto, secretário de Estado da Agricultura – Foto: Bruno Collaço/Agência AL/NDRicardo Miotto, secretário de Estado da Agricultura – Foto: Bruno Collaço/Agência AL/ND

A Cidasc também mantém 58 barreiras sanitárias nas divisas com Paraná e Rio Grande do Sul e na fronteira com a Argentina. “Temos como monitorar os animais e evitar que uma doença venha de um animal desconhecido”, explicou o gerente-executivo do Sindicarne, Jorge de Lima.

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